Política

Gaban critica corporativismo entre deputados, mas retira processo contra Andrade

Deputado voltou à tribuna e discursou durante cinco minutos  |  

Publicado em 20/02/2013, às 00h09      Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)

Reintegrado à Casa que presidiu no passado, o deputado estadual Carlos Gaban (DEM) matou a saudade do púlpito ao discursar pela primeira vez após tomar posse na Assembleia Legislativa. Orador fervoroso, Gaban fez duras críticas ao comportamento corporativista dos pares quando abriu processo para cassação de Rogério Andrade (PSD) por este ter faltado mais vezes que o permitido constitucionalmente.

Em cinco minutos, Gaban detonou literalmente a bomba. “Me senti triste com a falta de compromisso com o regimento interno”. Para ele, o entendimento entre os colegas de parlamento não pode se sobrepor ao regimento e tampouco às leis. Porém, num ato um tanto quanto contraditório resolveu retirar o processo que movia contra Andrade na justiça comum.

O processo, conforme noticiou a assessoria de comunicação do deputado, tem como base as Constituições federal e estadual e o Regimento Interno da Alba que determinam perda de mandato do parlamentar que faltar a mais de um terço das sessões plenárias.

Andrade faltou a 53 das 133 sessões realizadas. Caso a justiça decidisse a favor da cassação, Gaban assumiria por ser o primeiro suplente do partido, visto que Andrade foi eleito pelo DEM e depois mudou para o PSD.

Antes de ingressar com o processo na justiça, os Democratas já haviam apresentado um requerimento à Assembleia, que negou o pedido de cassação. Gaban ainda criticou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que reprovou o requerimento por também ser um dos deputados mais faltosos. “Ele também deveria ser réu”, disparou o democrata.

O deputado Gaban tomou posse no dia 5 deste mês. Ao assumir a vaga deixada por Gildásio Penedo – ex-PSD e ex-DEM- nomeado para compor os quadros de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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