Bem-humorado, o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) decidiu se divertir e aos colegas na tarde desta terça-feira (27) brincando com coisa séria. Fez à mão uma urna, imprimiu cédulas e instou os colegas da Assembleia Legislativa a uma votação informal. No final, descobriu um empate técnico entre Otto Alencar (PSD) e Rui Costa (PT), além de uma grande rejeição ao preferido do governador Jaques Wagner.
Na brincadeira, cada deputado presente deveria escolher – secretamente – no candidato em que votaria e no que jamais votaria no ano que vem para governador. Dos 63 deputados da atual legislatura, 52 estiveram presentes e, destes, apenas 3 foram brancos e 3 se abstiveram do voto. Dos atuais “governáveis” baianos, ficaram de fora da seleção de Tadeu Luiz Caetano (PT), José Sérgio Gabrielli (PT) e Paulo Souto (DEM).
Dos 52 votos computados, Otto Alencar recebeu 12 (21% do total) e Rui Costa, 11 (19,6%), o que definiria um 2º Turno. Os líderes foram seguidos por duplas empatadas: em 3º lugar Marcelo Nilo (PDT) e ACM Neto (DEM) – 5 votos para cada -, seguidos de Geddel Vieira Lima (PMDB) e João Gualberto (PSDB), com 4, e Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), com dois cada. Na lanterninha ficaram José Sérgio Gabrielli (PT), que mesmo sem aparecer na cédula ganhou um voto, e José Carlos Aleluia, sem nenhum.
Na eleição dos rejeitados, Rui Costa venceu de longe, com 15 votos. O vice-líder da escolha dos parlamentares foi Geddel, com 10 lembranças. Vieram logo após ACM Neto (5), Gualberto (4), Lídice da Mata (3), Aleluia e Nilo (2 cada). A dupla de maior aceitação foi Otto e Walter Pinheiro, cada um lembrado apenas por um deputado.
A brincadeira foi levada a sério por alguns deputados, que seguiram a linha dos partidos e depositaram voto em seus respectivos pré-candidatos no ano que vem. Já alguns seguiram a esportiva e resolveram dar votos “estratégicos”. Entre os oposicionistas, houve quem escolhesse Rui Costa em uma tentativa de “influenciar” o governador a escolher de fato o secretário da Casa Civil para concorrer ano que vem. “Assim fica mais fácil a Oposição ganhar”, disse um parlamentar.
Publicada no dia 27 de agosto de 2013, às 21H38
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