Política

Câmara adia em uma semana votação de contas de JH

Falta de quórum em sessão da quarta foi problema alegado pelas lideranças  |  

Publicado em 25/09/2013, às 06h18      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

 
Informações de bastidores endereçadas ao Bocão News asseguram que a programação da Câmara dos Deputados de votar nesta quarta-feira (24) as contas de 2012 do ex-prefeito João Henrique (PSL) não será cumprida. Por conta de uma série de inconvenientes, as lideranças preferiram adiar para a próxima segunda-feira (30) a sessão, que terá voto aberto.
 
A primeira vez em que os sufrágios públicos serão utilizados têm íntima ligação com os motivos alegados pelas fontes, que pediram anonimato. Uma vez que cada vereador terá de expor sua posição para o escrutínio público, a exposição é grande e tem potencial para causar polêmica e revolta em eleitores de uma série de edis da capital. Por conta disto, muita gente deu seu “jeitinho”.
 
É o caso de vários vereadores de Salvador, que coincidentemente ou não viajaram no início da semana sob a desculpa de participar de compromissos diversos fora da cidade. As ausências, de acordo com as lideranças, poderiam impossibilitar o quórum da sessão de quarta. Ainda que o número mínimo de vereadores seja alcançado, o entendimento é de que é preciso ter a maior parte dos integrantes da Casa presentes para votar outra matéria polêmica.
 
As ausências vieram a calhar, pois uma vez que a última matéria urgente era referente ao IPTU, a Câmara está livre para votar as contas do ex-prefeito. Com o adiamento, há tempo para os retornos e nenhum vereador poderá fugir de exibir sua preferência. Ao mesmo tempo, também dá ao ex-prefeito mais alguns dias para articular entre os “henriquistas” apoios para lhe livrar da terceira condenação seguida.
 
Para reverter a reprovação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), João precisa de 29 dos 43 votos possíveis. Vale relembrar que na última apreciação de contas - referente a legislatura de 2009 - ele obteve 25, batendo na trave.   Seu argumento para não ficar inelegível por oito anos é o mesmo para as demais rejeitadas: não houve dolo, má-fé ou improbidade.

Publicada no dia 24 de setembro de 2013, às 17h13

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