Política

Ministro diz que reunião para resolver Buerarema não chegou tarde demais

José Eduardo Cardozo reforçou que solução melhor depende de pacificação  |  

Publicado em 26/10/2013, às 10h48      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

 
O ministro José Eduardo Cardoso chegou com quase 1h30 de atraso à reunião com os indígenas da região de Buerarema marcada em Salvador na Fundação Luiz Eduardo Magalhães nesta sexta-feira (25). Aguardado há mais de um mês no estado para tentar resolver as grandes tensões, Cardozo negou que tenha chegado tarde demais e que a solução definitiva do confronto entre índios e produtores depende da manutenção da paz.
 
Segundo o ministro, não se pode dizer que o Governo Federal esteve de olhos fechados para a situação porque, antes da visita a Salvador, houve encontros com as duas partes em Brasília. Após ouvir as duas partes, o titular da pasta agendou o encontro em Salvador. “Além disto, nós enviamos a Força Nacional de Segurança para tentar conter a violência”, defendeu-se.
 
O atraso ocorreu porque, antes, o ministro em companhia do governador Jaques Wagner se reuniram com representantes dos agricultores que tiveram suas propriedades invadidas pelos índios. O encontro durou cerca de 2h30 e, neste momento, chegou a oportunidade de voltar a debater com os indígenas, desta vez na Flem. A base do discurso, de acordo com Wagner, é o entendimento.
 
“Ao lado do Governo Federal, Ministério da Justiça e Governo Estadual, nós temos uma equipe discutindo um plano de segurança para a área para garantir a pacificação. A resolução da situação só será possível após construir mesa de mediação”, esclareceu. Wagner acrescentou que apenas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF) porá fim definitivo à situação, mas que manter um ambiente pacífico na região aumentará as chances de alcançar o veredito mais rapidamente.
 
“Nos não podemos sacrificar as duas partes com um ambiente de hostilidade permanente. Eu saí de lá (reunião cm agricultores) não tranquilo, mas percebendo que os não-índios sabem que tem que chegar a um denominado comum. E agora é ouvir os indígenas. Este não é um processo fácil que uma reunião de sete ou oito horas vai concluir, mas está estartando um processo. O ministério trouxe uma equipe grande para cuidar disso. O Estado Brasileiro tem que tomar uma decisão para pacificar a região.”
 
Jose Eduardo Cardozo disse que entende a pressa de ambos os lados para resolver a situação, mas disse que todos os argumentos serão avaliados com “imparcialidade e equilíbrio”, mas que isto só terá chances de acontecer se houver paz. Para o ministro, ações de vandalismo e hostilidades não são aceitáveis e, caso não haja acordo, a lei deverá ser aplicada em Buerarema.

Nota originalmente postada às 17h do dia 25

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