O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos mais ferrenhos opositores do governo Wagner na Bahia, concedeu entrevista à Rádio Excelsior nesta quinta-feira (9) e, por um instante, deixou o governador de lado e resolveu avaliar a situação de outro adversário no pleito deste ano. Segundo ele, a ministra recém-filiada ao PSB Eliana Calmon deixa a senadora Lídice da Mata, pré-candidata ao governo, em uma saia justa.
Para explicar a conclusão, Lima lembrou que Eliana Calmon recentemente denunciou o que chamou de “cooptação” do Ministério Público, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas por parte do Governo do Estado para poder garantir a governabilidade e a impossibilidade de haver investigação da gestão Wagner. Com isto, o deputado pondera que Lídice da Mata fica em situação difícil, pois era aliada do governo há até pouco tempo atrás.
"Como vai ficar a posição da candidata Lídice, a quem temos muito apreço, mas que não faz críticas ao governo do PT? Vai confirmar que o governo do PT cooptou os três poderes?", indagou Lúcio, questionando se esta é uma chapa da oposição ou da situação. Questionada por jornalistas em sua nova fase de rompimento com o governo e lançamento de chapa própria, Lídice evita fazer críticas a Wagner. Seu discurso, por enquanto, se limita a dizer que é chegado o momento da Bahia seguir por caminhos além dos que foram vislumbrados por Wagner.
Por sua vez, Eliana Calmon assume ser uma “neófita” na política e afirma que fará uma campanha sóbria e baseada na utopia do convencimento do eleitorado e rejeitando a construção financeira de uma estrutura politica que se compromete com os financiadores privados. “Não compactuo com a política do dinheiro, dos rincões e dos com chavos”, disse no mês passado em ato de filiação oficial.
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