Às vésperas da votação da isenção da taxa de lixo, o reajuste do IPTU continua sendo o assunto mais comentado da Câmara Municipal de Salvador. Na primeira sessão ordinária do ano, nesta terça-feira (4), o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) subiu à tribuna para criticar a forma que foi feito o cálculo do valor dos imóveis e citou os exemplos do bairro da Saramandaia e do Cabula.
Segundo o comunista, a prefeitura para arrecadar com o imposto, supervalorizou imóveis em bairros populares. Com o boleto de cobrança na mão, denunciou a disparidade nos valores da cobrança após o reajuste.
“É um absurdo. Um imposto que era um pouco mais de R$ 200 saltou para mais de R$ 800. A prefeitura transformou o bairro de Saramandaia, um local popular, num local nobre para arrecadar mais. A população está se assustando com o aumento imposto pela prefeitura”, declarou Everaldo Augusto.
O vereador Leo Prates (DEM), vice-líder da bancada do governo, saiu em defesa do método utilizado pela prefeitura e negou que o projeto tenha sido aumentado.
"Não houve um aumento. Pelo código tributário municipal, o valor venal é o valor a vista do imóvel. O que foi mudada foi a base do cálculo. Se o senhor, vereador Everaldo Augusto, quiser vender o imóvel pelo preço atualizado de 2014, eu compro na sua mão. Não tem problema”, rebateu o Leo Prates, em tom de brincadeira, arrancando risos dos presentes no plenário.
Publicada no dia 4 de fevereiro de 2014, às 16h40
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