O presidente do PT de Salvador, Edson Valadares, também entrou na polêmica sobre a criação da Entidade Metropolitana de Salvador e a não participação do prefeito da capital baiana ACM Neto (DEM).
Durante a inauguração do comitê central da chapa “Pra Bahia Mudar Mais”, na última sexta-feira (18), o dirigente criticou a postura do gestor municipal: ACM Nete está tomando esta atitude por causa do processo eleitoral, porque ele precisa construir essa imagem de enfrentamento.
Especializado em Planejamento Urbano, Edinho – como é chamado – contextualiza a criação da entidade metropolitana quando afirma que outras regiões no país também têm um colegiado similar. “Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, até a Baixada Santista tem. Isso porque a convivência é de todas as cidades que compõem o cerco”.
De acordo com dirigente partidário, o erro histórico. “Passamos 40 anos sem uma entidade metropolitana. Os governos passados não tiveram a coragem e nem o interesse de fazer isso. A Conder quando foi criada funcionava como uma entidade metropolitana. Mas ela era limitada, fazia apenas o debate com relação às obras urbanísticas”.
Para ele, a necessidade de se pensar a integração da região metropolitana é ponto pacífico. Quanto a atitude de Wagner, ele pondera que “me parece que o governador não encaminhou (a carta) neste sentido (de exigir). Ele não pode dizer que a prefeitura não vai fazer e não foi isso que ele fez. Ele fez um pedido para que a prefeitura fizesse uma reflexão para considerar a instituição que vai fazer a aglutinação metropolitana, mas em momento algum o governador disse que era para interferir. Tudo isso é deve ser regido pelo bom senso e a entidade metropolitana é a busca do entendimento”.
O presidente municipal do PT sobe o tom quando instado a comentar a politização do assunto, segundo ele, Neto não deve fazer isso porque deve se lembrar do programa de governo registrado no Tribunal Regional Eleitoral quando da candidatura à prefeitura de Salvador em 2010. “ACM Neto colocou no programa de governo dele que trataria a questão da mobilidade de forma metropolitana. A questão da mobilidade urbana é, antes de mais nada, uma questão metropolitana. Vamos tratar nessa escala, foi o que ele se comprometeu a fazer”.
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