Um dos projetos que seria votado nesta terça-feira (4) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), mas por conta da derrubada da sessão não foi aprovado, trata de um empréstimo do governo do Estado junto à Caixa Econômica Federal (CEF) no valor de R$ 800 milhões.
Conforme proposta, os recursos serão utilizados pela administração estadual para viabilizar as obras do terceiro trâmite da Linha 1 do Metrô de Salvador, que compreende os trechos de Pirajá, Águas Claras e Cajazeiras.
Enviado pelo Executivo no meio da semana passada, a proposição foi aprovada em comum acordo entre as bancadas de Governo e Oposição, que dispensaram todas as formalidades –
depende apenas de uma votação simbólica. Autorizado pelo Legislativo, a contratação de empréstimo junto ao banco público não devem demorar a chegar aos cofres públicos estaduais.
Essa mesma "boa vontade" e rapidez na aprovação e liberação dos recursos para o governo do Estado foram cobrados pelo vice-líder oposicionista na Alba, deputado Carlos Gaban. Segundo o parlamentar, a Caixa Econômica "está com mau vontade" com a prefeitura de Salvador, que aguarda até hoje a liberação do empréstimo no valor de R$ 550 milhões para dar início ao processo de construção do corredor exclusivo de ônibus rápido (BRT –
Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) entre a Lapa e a Ligação Iguatemi-Paralela (LIP), de responsabilidade da gestão soteropolitana.
"Já acabou a eleição e ainda essa picuinha política. Isso só prejudica a população de Salvador”, criticou o demista.
Obra tem custo estimado de R$ 800 milhões
A expectativa era que as obras começassem ainda este ano, com prazo para conclusão de dois anos e meio. A ideia é implantar o corredor exclusivo, através de viadutos e elevados, nas regiões das Avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM. O tempo estimado que será gasto para percorrer os 8,6 km que ligam os dois pontos é de 16 minutos, o que ajudaria também a melhorar a mobilidade urbana da cidade.
“Espero que o governo tenha o mesmo critério com a prefeitura de Salvador. Tanto o governo como a prefeitura têm poder de endividamento”, cobrou Gaban.
Publicada no dia 4 de novembro de 2014, às 20h25
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