Política

Sem apoio do PT, Marcelo Nilo prenuncia possível derrota na conquista do ‘penta’

Presidente da Alba usou as redes sociais para desabafar  |  

Publicado em 09/11/2014, às 10h00      David Mendes (Twitter: @__davidmendes)

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), usou as redes sociais na tarde deste sábado (8) para mostrar seu descontentamento com a movimentação do PT na Casa, que também corteja o comando do Poder Legislativo.  

Postou Nilo em seu perfil no Twitter: “Coisas da vida. A maioria esmagadora dos deputados do DEM, PSDB, PTN e PMDB vai me apoiar para presidente da Alba. E o PT não”.

Em conversa com o Bocão News, o líder do DEM, deputado Carlos Gaban, afirmou que o que está se discutindo na Casa agora são outros assuntos. “Não que esteja a favor ou contra, mas está cedo para discutir isso. Pode estar tendo algumas conversas individuais, mas [a decisão] deverá passar pela bancada”, avisou o democrata, que deixa o mandato e a liderança do partido no início do ano, já que não disputou a reeleição.



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Na última terça (4), os parlamentares petistas sentaram e decidiram disputar o comando da Alba. Apesar de ainda não ter oficializado, mas o nome que desponta é o do deputado Rosemberg Pinto, que desde 2012 almeja a caneta da presidência do parlamento baiano e garante que o PT não “roerá a corda” como aconteceu há dois anos.

"Fomos ao atual governador [Jaques Wagner] e o eleito [Rui Costa] antes de apresentar isso. Dissemos que estávamos colocando [a candidatura] com o objetivo de ir até o final. Eu posso até abrir mão, mas por qualquer outro nome que defenda o fim da reeleição, que dê proporcionalidade aos partidos”, decretou.

Segundo Rosemberg, Nilo não pode cobrar do PT apoio para a conquista do “penta”, já que está no comando da Casa há oito anos e com o apoio dos petistas.

“Marcelo tomou a decisão de ser candidato [novamente] sem sequer conversar com o PT. O PT já apoiou ele quatro vezes. Ele diz que governo estadual é uma coisa, Assembleia é outra. Pela lógica dele, apoiamos ele quatro vezes, e somos nós que estamos dando as costas a ele? Pergunte a ele se ele teve a delicadeza de ligar para conversar comigo. Não tem obrigação, mas deveria ter a consideração. E o compromisso firmado em 2012, e está registrado nas notas taquigráficas, era o fim da reeleição”, decretou o deputado.



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Matéria publicada originalmente às 15h57 de 8 de novembro de 2014.

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