Política

Alunos em colégio de elite ameaçam professor que escreveu número 13 na lousa: 'Eu pago seu salário'

Caso aconteceu em colégio de elite; número era correspondente a uma aluna  |  Foto: Reprodução/Twitter

Publicado em 17/11/2022, às 06h25   Foto: Reprodução/Twitter   Cadastrado por VD

 

Um professor de turma do 6º ano do ensino fundamental passou por maus bocados e causou escândalo dentro da sala de aula numa escola de alto padrão em São Paulo por um motivo inusitado: escreveu o número 13 na lousa. Era o número de uma aluna que havia faltado no dia. O caso foi revelado por Matheus Pichonelli, colunista do site Uol.

A identidade do professor foi preservada. "Tudo começou com um grito fino de criança. Fiquei assustado e perguntei o que estava acontecendo. E elas disseram que aquele era 'o número da Besta'. Me pediram para colocar '12 mais 1' na lousa, em vez de 13. Estava ali no grupo uma aluna que tem sempre respostas atravessadas para os professores. Ela liga para a mãe tresloucada, toda vez que acha que está sendo 'doutrinada'", revelou.

O mesmo professor relatou que uma colega foi questionada por vestir vermelho para trabalhar na mesma semana. Ele também apontou que uma aluna, no início de novembro, uma aluna resolveu enfeitar a carteira escolar com adesivos em apoio a Jair Bolsonaro (PL) e frases como "minha bandeira jamais será vermelha", dita por apoiadores do atual presidente.

Ao afirmar que era proibido fazer propaganda política em sala de aula, independente do candidato, a aluna afirmou que tem liberdade de expressão e não aceitaria ser censurada em sua carteira. Ela ouviu de volta que não: a carteia era da escola e foi lembrada (novamente) de que não, ali não era lugar para proselitismo político.

Foi então que ele ouviu uma frase que havia tempos não escutava: "Eu pago seu salário e você não pode me impedir".

Colégio Marista de Curitiba, hoje pela manhã, foi palco duma manifestação fascista, protagonizada pelos filhos da classe média branca que os educa para a insensibilidade, violência e intolerância.

Voltem pro esgoto! pic.twitter.com/1ko2KNk1W6

— Renato Freitas (@Renatoafjr) October 31, 2022

 

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