Política

General Freire Gomes "abre as portas" para Jair Bolsonaro ser preso; entenda

O General Freire Gomes depôs à Polícia Federal e não se calou; ao todo o miltar respondeu quase 300 perguntas  |  Antonio Cruz / Agência Brasil

Publicado em 03/03/2024, às 08h57   Antonio Cruz / Agência Brasil   Tácio Caldas

A Polícia Federal (PF) possui provas de que o general Marco Antônio Freire Gomes foi "intimado" a participar de uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. O general Freire Gomes, então comandante do Exército, se negou a participar. Tudo isso aconteceu em 2022 e foi por este motivo que o militar foi chamdo de "cagão" pelo colega Braga Netto.

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Na última sexta-feira (1°), Freire Gomes depôs à PF durante quase oito horas na condição de testemunha. Isso quer dizer que o general não poderia mentir, mas poderia se calar, já que a lei garante que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Apesar disso, o militar não se calou e respondeu a todas as perguntas feitas pelos agentes da Polícia Federal.

Ao todo, o general Freire Gomes respondeu a 80 perguntas feitas pelos agentes e a mais de 200 outros questionamentos que foram provocados em suas revelações. A atitude do militar foi diferente de outros generais já ouvidos pela PF. Todos eles são suspeitos de planejar, junto com o ex-presidente Bolsonaro (PL), um golpe de Estado em dezembro de 2022 e, assim como o ex-chefe do executivo brasileiro, se calaram.

Não há muitos detalhes divulgados sobre o depoimento do general Freire Gomes. O que se sabe é que, segundo o militar, as ordens de acolhimento dos acampamentos dos bolsonaristas partiu do próprio ex-presidente. De acordo com o general, inclusive, a ordem não foi retirada nem quando Bolsonaro viajou para os Estados Unidos da América (EUA) no dia 30 de dezembro de 2022.

Outro detalhe revelado no depoimento do militar é que a nota conjunta das Forças Armadas do Brasil (Exército, Marinha e Aeronáutica) teria partido do então ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira. Segundo a TV Band, Freire Gomes também teria confirmado o que o tenente-coronel Mauro Cid revelou na delação premiada. Isso quer dizer que de fato houve uma reunião com Bolsonaro, onde uma minuta do golpe foi apresentada aos comandantes militares. Com informações do Blog do Noblat, no Metrópoles.

Assista ao Radar BNews da última sexta-feira (1º):

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