Política

Relator da CPI da Braskem deve apontar responsabilidades sem prejudicar empresa; entenda

Senador escolhido para ser o relator da CPI da Braskem foi criticado por Renan Calheiros após um "desentendimento"  |  Marcos Oliveira / Agência Senado

Publicado em 27/02/2024, às 06h47   Marcos Oliveira / Agência Senado   Tácio Caldas

O senador da República, Rogério Carvalho (PT), afirmou que as investigações realizadas pela "Casa Alta" contra a Braskem não busca "destruir" a empresa. Designado como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, o petista destacou que a intenção não é minar a confiança da empresa, mas sim de apurar responsabiliza-la pelos problemas cometidos em Alagoas. Apesar disso, o parlamentar também pontuou que não será "domesticado" durante os processos realizados pela CPI da Braskem. A fala do senador Rogério Carvalho aconteceu em entrevista à Folha de S. Paulo.

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Não posso estar preocupado a priori com uma questão específica. Claro que não temos a intenção de destruir nenhuma empresa. Mas a gente precisa que as empresas no Brasil operem com o máximo de transparência possível, em todas as áreas de atuação", explicou o petista.

Carvalho ainda destacou que não cabe ao Congresso Nacional processar ou não a empresa. "Quem vai definir se deve ou não processar quem quer que seja é o Ministério Público e o Judiciário. Para nós está muito claro qual é o nosso papel. A gente não tem nenhum desejo de deficiência ou atingir quem quer que seja. A gente quer explicar para a sociedade e apontar responsabilidades e problemas que talvez sejam sistêmicos", pontuou o senador.

Polêmica

Na última semana, quando da escolha do relator da CPI que vai apurar o ocorrido em Alagoas, um grande mal-estar na base do governo Lula (PT) no Senado. Isso porque o Renan Calheiros (MDB) ficou "triste" com a escolha. Afinal, foi dele a iniciativa de buscar assinaturas e para abrir a investigação, mesmo a contragosto de Lula.

O senador desejava a relatoria da CPI da Braskem, mas a função foi dada ao petista Rogério Carvalho. O parlamentar, inclusive, criticou alguns colegas. Estes foram os casos dos senadores baianos Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT). Segundo ele, os dois teriam articulado para que o emedebista não ficasse em posse da relatoria da CPI.

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