Saúde

Presidente do Sindimed diz que Promédica não tem dinheiro para comprar Espanhol

Publicado em 25/09/2015, às 10h00   Bocão News   Tiago Di Araujo (@tiagodiaraujo)

Após circular na imprensa que o grupo Promédica seria o comprador do Hospital Espanhol, o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Magalhães, afirmou que a informação não passa de boatos. Segundo o representante da categoria, a empresa não tem condições de comprar a unidade hospitalar. "É a mesma coisa que a pessoa não ter dinheiro para comprar feijão e querer comprar carne", ironizou em entrevista ao apresentador José Eduardo, na rádio Metrópole.
 
Magalhães ainda afirmou que o grupo tem dívidas trabalhistas, que ainda precisam ser quitadas. "A Promédica deve oito meses de salários aos médicos conveniados, como é que ela vai comprar o hospital?", questionou. Para o presidente, a informação não tem procedência. "Isso é um boato que está na praça, dizendo que a Promédica fez uma proposta. Já se falou em diversos grupos".
 
O representante dos médicos na Bahia acredita que nenhum grupo de saúde do Estado tenha condições de adquirir o hospital. "Eu não sei qual unidade na Bahia hoje tem dinheiro para comprar o Espanhol. Vamos aguardar quais medidas serão tomadas, mas estou duvidando".
 
Questionado sobre a situação geral dos profissionais de saúde na Bahia atualmente, Magalhães revelou alguns casos de atraso nos pagamentos. "Médicos de Santo Antônio de Jeses estão dois meses sem receber. Os de Ibotirama também estão sem receber desde abril. É difícil encontrar um local hoje que o médico tenha o salário em dia".
 
Para o presidente da Sindimed, "a coisa mais comum é médico com salário atrasado", disse ao chamar os patrões de caloteiros. "É comum hoje patrão dar calote em médicos. O pior patrão hoje em dia é patrão de médico".
 
Por fim, Magalhães voltou a lamentar a atual situação do Hospital Espanhol. "O pior de tudo isso é um aparelho como o Hospital Espanhol fechado e a população morrendo nas filas de hospitais e postos de saúde. É um absurdo", concluiu.

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