Artigo
Publicado em 30/12/2019, às 14h17 Victor Pinto
Quando não é Copa Mundo, são as Olimpíadas. Quando não é eleição estadual/nacional é o pleito municipal. A cada dois anos as torcidas se mobilizam e as arenas são ocupadas por jogadores em busca de vitória nos dois sentidos dos contextos: esportivo e eleitoral.
A eleição quente no Brasil é a municipal. Isso é inegável. A realidade local é levada em conta. É a disputa mais próxima do povo, quando prefeitos e vereadores são eleitos. A cidade se divide, na maioria dos casos, em um BAVI surreal que só a antropologia e a psicologia poderiam nos ajudar a entender. Rincões dos municípios são visitados, o debate é mais acirrado e um fator, que engatinhou em 2016 e agora está num rojão será decisivo: WhatsApp.
O comportamento do eleitor mudou. As regras do jogo eleitoral também. As eleições proporcionais não serão mais pavimentadas pelas coligações tão comuns e cada partido terá que lutar por sua bancada.
Cidades estratégicas para a engenharia da eleição estadual vão contar com disputas acirradas: Salvador, com a sucessão de ACM Neto (DEM) e a briga do surgimento, ou não, do nome de Guilherme Bellintani com um fator decisivo em meio à unção de Bruno Reis e eventual ascensão do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante); Feira de Santana com a tentativa de reeleição de Colbert (MDB), frente a mais uma tentativa de Zé Neto (PT) e a incógnita de Zé Ronaldo (DEM); e Vitória da Conquista com uma gestão questionável de Herzem Gusmão (MDB) e a tentativa do PT de retomar uma cidade histórica para o partido.
O pleito de 2020 pavimenta a estrutura de 2022. A articulação de Rui Costa (PT) é esperada, mas não com muito vigor, pois o petista nunca foi exímio em costuras políticas locais. ACM Neto também tem a missão de catapultar lideranças locais que possam servir de auxílio em sua eventual corrida para o Palácio de Ondina.
Quem fará mais prefeitos? O partido do senador Otto Alencar (PSD) ou do vice-governador João Leão (PP)? São perguntar de expectativas que 2020 nos traz.
Algo também a ser analisado no próximo ano: como será o poder de Bolsonaro nos pleitos municipais. Com a saída do PSL e a tentativa de criação do Aliança Pelo Brasil, um partido pra chamar de seu, o presidente, erroneamente, desarticulou algo fundamental, mas que para a eleição dele não foi algo essencial: tempo de horário eleitoral e dinheiro de fundo partidário. Mas é importante dizer que a banda toca e passa diferente em cada localidade do país. Bolsonaro não confia na concepção de base e joga com a sorte, como bem fez com o Congresso nos últimos meses.
Na Bahia, dados das mais diversas pesquisas realizadas antes do período restritivo dos registros no TRE mostram a rejeição ao presidente em uma terra governada pelo PT. A briga vai ser boa.
No mais, esperemos. Lavagem do Bonfim, em Salvador, já bate à porta e o termômetro é de quentura. Dos podiums que acompanharemos, muitos tendem a ser de novos conquistadores.
Um feliz ano novo a todos!
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