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Obesidade: o cuidado na Rede de Atenção à Saúde

Imagem Obesidade: o cuidado na Rede de Atenção à Saúde
Bnews - Divulgação

Publicado em 05/11/2020, às 08h02   Leo Prates*


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Há um ano e quatro meses tenho vivido um dos maiores desafios da minha vida não somente na carreira profissional, mas também como ser humano. Neste período tenho me dedicado incansavelmente para aprimorar a qualidade dos serviços públicos de saúde da nossa cidade, atuando em diversas frentes, sendo o combate ao crescente quadro de obesidade mórbida que enfrentamos na atualidade, uma das que mais me provocava inquietação. 

Para terem uma ideia da gravidade do tema, dados recentes divulgados pelo IBGE indicam que o percentual de pessoas com sobrepeso e obesidade no Brasil mais do que dobrou nos últimos 17 anos, passando de 12,2% para 26,8%, totalizando mais de 41 milhões de pessoas, sendo fator de risco para diversos outros problemas de saúde. Em Salvador estima-se que 150 mil sejam portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. 

Apesar de ser um grave problema de saúde pública também é, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a segunda causa de morte evitável no mundo, mas seu tratamento inadequado pode acarretar na redução da expectativa e qualidade de vida. Por isso, nossa equipe está se dedicando intensamente na construção de uma rede de atenção à saúde começando na atenção básica, com acompanhamento ambulatorial de pessoas com sobrepeso e obesidade, incluindo a integralidade da atenção para os casos mais críticos que requeiram o tratamento cirúrgico, a ser realizado no Hospital Municipal de Salvador, que tem uma das melhores estruturas hospitalares do país, sendo administrada pela Santa Casa de Misericórdia da Bahia. 

No dia 28 de outubro de 2020 iniciamos o atendimento ambulatorial para consultas e triagem dos pacientes elegíveis no Sistema Único de Saúde para a cirurgia bariátrica (conhecida como redução do estômago), método indicado quando as outras possibilidades terapêuticas não tiveram êxito.

O projeto tem investimento de mais de R$ 4 milhões de reais por ano e capacidade mensal de realizar mais de 280 atendimentos, incluindo consultas pré e pós-operatórias feitas por equipe multidisciplinar (endocrinologista, fisioterapeuta, nutricionista, educador físico, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro, dentre outros), bem como internamento e materiais cirúrgicos e medicamentos necessários à terapêutica. 

Este é mais um importante passo que nossa gestão dá em direção à democratização do acesso a serviços tão importantes para população de Salvador, ofertando o melhor tratamento possível. 

*Leo Prates, deputado estadual licenciado e secretário municipal da Saúde de Salvador

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