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Quais serão as consequências da pandemia para a saúde mental?

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As consequências da pandemia para a saúde mental poderão continuar além dela. Por isso, o assunto deve ser considerado com especial atenção. Saúde mental na pandemia | CNBB  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/04/2021, às 13h16   Cristiana Figueirêdo Alves


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A pandemia provocada pela Covid-19 mudou completamente a rotina dos/das trabalhadores/as. Seja por teletrabalho ou, ainda, pelo serviço presencial, as relações no ambiente de trabalho assim como nas nossas casas, com familiares, amigos e vizinhos, precisaram ser reconfiguradas.Houve necessidade se adequar como pode, alguns com mais condições, outros com menos. Não só na estrutura física, mas/ principalmente nas questões emocionais, e que afetam diretamente a nossa saúde mental.

Faz-se necessário que as empresas e gestores estejam atentos à saúde mental dos trabalhadores e que se tomem ações que estabeleçam boas práticas de comunicação e interação entres os trabalhadores, direcionamentos claros e objetivos sobre as ações que a empresa tomará perante as adversidades a serem enfrentadas, dentre outros.

O ideal e Virar o seu ponto de apoio. Incentivá-las a falar sobre elas, sobre as emoções e os seus sentimentos, e não apenas sobre os positivos e as nossas conquistas. Mas, também, sobre as falhas, as tristezas, os planos que não deram certo, as frustrações do dia a dia e incentivar sempre a atividade intelectual e manifestação pessoal. É fundamental que essas pessoas se sintam realmente recebidas, de braços abertos, com confiança e apoio para lidar com suas fragilidades.

E de que forma podemos estar mais atentos/as a essas questões e, ainda, a ajudar aqueles/as que precisam de socorro?

A partir daí, desse momento de desestruturação psíquica, que começam a aparecer certos sinais e, aos poucos, certas pessoas apresentam comportamentos que antes não eram apresentados. Alguns deles são bem perceptíveis, como tristeza, letargia constante, muita vontade de dormir e, até, aquelas pessoas que falam, mesmo brincando, que “querem se matar”. Esses comportamentos e ideações suicidas são apresentáveis, também. Outras ficam com muita vontade de dormir o tempo inteiro, para não ter que lidar com as dificuldades do dia a dia. Afinal, às vezes é mais fácil dormir do que enfrentar essas diversidades. Mas o que podemos fazer nesses momentos? Além de aconselhar essa pessoa a procurar o acompanhamento de profissionais da área da saúde, o que é imprescindível; também podemos ajudar a quebrar os paradigmas e os estereótipos referentes às pessoas que fazem o acompanhamento psicológico, porque infelizmente ainda há muita gente que acha que esses tratamentos são para “doidos” ou para aqueles que sofrem com algum transtorno. É muito importante apoiar essas pessoas, caso elas procurem um profissional de saúde mental, para que possam se sentir acolhidas.

Além disso, podemos ser os ouvidos dessas pessoas. 
Publicado em Trabalho, Resistência na pandemia

*Cristiana Figueirêdo Alves - Advogada com experiência em Direito Trabalhista, Administrativo, Constitucional Direito de Imagem e Responsabilidade Civil.

Classificação Indicativa: Livre

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