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Desgastes à toa

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Bnews - Divulgação

Publicado em 07/01/2019, às 08h40   José Medrado*


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Infelizmente, ainda estamos vendo os mesmos embates do período eleitoral dos nós e eles. As trincheiras continuam abertas, em mudança de posições, no ataque e defesa.  Razão pela qual toda bobagem dita se torna um rastilho de pólvora, com vertentes argumentadas igualmente tolas. Ora, se a ministra diz que agora vai ser assim, vamos ao dito: meninos vestem azul e as meninas vestem rosa, então todos vão obedecer? Ela vai mudar a forma de você vestir os seus filhos? Antes desta risível determinação, você vestia seus filhos como? Claro que, em geral, esperava o menino nascer com as roupinhas azuis e as meninas com as rosinhas. Sim, e daí? O Outubro  Rosa e o Novembro Azul, sim e daí? Que continuem é uma excelente campanha. Agora se usa tudo para combater o “outro lado” no que se disse, e mostrar incoerências dos comportamentos. A verdade é que  o dito pela Sra. Damares Alves será seguido, só porque ela disse, mesmo sendo metáfora, ressalva para as que já a têm como referência, e olhe lá. Você vai continuar fazendo o que achar melhor e pronto. O Estado não tutela valores, esses são da sua história emocional. Não confundir com ordenamentos legais.

De igual forma, o que o presidente disse em discurso de posse que “a partir de agora não haverá mais o politicamente correto”, pronto, acabou, eu, você...vamos deixar de respeitar o que fere o outro, em palavras e gestos, já que sabemos que fere, porque o presidente Bolsonaro disse que acabou?! A questão é de civilidade, de respeito, de educação e não é o que diz o presidente que eu vou fazer. Ora, bolas. É possível que estultices continuarão de toda natureza, porque sempre existiram, inclusive nos  excessos de preciosismo para o não uso de certas palavras, mas se alguém é ferida, magoa-se porque usar? Não se trata, para mim, de agenda político-partidária, mas de ser respeitoso com os outros. Por exemplo, tenho um amigo que quando chega nos lugares, ele é negro, grita logo: - Chegou o picolé de asfalto, quem vai dar uma lambida. Todos riem, mas já há negros que se ofendem muito, cada um na sua justa razão do que o faz sofrer, remeter a dores e ou alegrias. Isso não é o Estado que direciona, é você que se convence que o que não quer para si, não serve para o outro. Ah! Não tenho dúvidas que os últimos governos do Brasil encamparam um submundo terrível de corrupção no nosso País e sou a favor de cumprimento de pena, quando julgado em segunda instância. Antecipo-me a dizer que não tenho lado, busco, estudo o comportamento social.

*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Escreve para o BNews às segundas-feiras.

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