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Imbassahy diz que não se afastará da Bahia e aponta "convergência total" com Bolsonaro

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Tucano foi convidado pelo governador de São Paulo, João Dória, para ocupar a pasta estratégica para a trazer recursos para o Estado.  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/01/2019, às 16h51   Henrique Brinco


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O agora secretário especial e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília (Egesp), Antônio Imbassahy (PSDB), afirma que não pretende se afastar da Bahia. Sem cargo após ser derrotado na campanha de reeleição para a Câmara Federal em 2018, o tucano foi convidado pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), para ocupar a pasta estratégica para a trazer recursos para o Estado paulista.
Em entrevista ao BNews, Imbassahy deixa claro que seu trabalho terá "convergência total" com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e reafirmou a defesa de uma aproximação do PSDB com o novo chefe do Palácio do Planalto. "Sempre me manifestei, desde a época da eleição, em benefício do apoio ao governo do Bolsonaro. Então, essa relação é uma relação que está fluindo nesta direção", pontua.
Ainda no papo, Imbassahy diz acreditar que Dória "fará história" no governo de São Paulo e que ele assume naturalmente um papel de liderança importante dentro do PSDB. Entretanto, nega que o governador seja o provável sucessor do ex-governador Geraldo Alckmin no comando da sigla.
Leia a entrevista:
BNews - Como foram as conversas com o governador João Dória? Qual será a sua função lá? Qual a sua expectativa para o novo cargo?
Antônio Imbassahy - É uma secretaria cuja uma das as atribuições principais é representar São Paulo junto aos órgãos em Brasília. Ele define que a relação do governo de São Paulo com a Presidência da República, ministérios, Congresso Nacional, bancos federais, empresas e autarquias passa a ser feita através da minha pessoa com o status de secretário. Essa é a função principal. O objetivo será captar recursos, destravar processos e, enfim, fazer com que os projetos do governo do Estado de São Paulo sejam realizados e viabilizados financeiramente.
BNews - Como vai ficar a sua relação com a Bahia agora que irá trabalhar para São Paulo?
Imbassahy - A relação vai continuar. Vou continuar morando em Brasília, claro que com a presença agora mais frequente em São Paulo. Mas acertei com o governador João Dória que continuarei tendo frequência na Bahia.
BNews - Como será a relação do PSDB com o governo Bolsonaro?
Imbassahy - Sempre me manifestei, desde a época da eleição, em benefício do apoio ao governo do Bolsonaro. Então, essa relação é uma relação que está fluindo nesta direção. Acho que será um objeto de debate no momento próprio em que acontecerá o congresso do partido. Mas, por enquanto, isso está fluindo com naturalidade. Não é que esteja na base, não vamos confundir. Damos o apoio. Acho que todos os partidos que pensam no Brasil devem ficar nessa posição. Evidentemente, se tiver alguma coisa que o PSDB não concorde, fará a crítica no sentido de corrigir.

BNews - Como foi o primeiro encontro com o presidente Bolsonaro já como secretário especial e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília?
Imbassahy - Foi uma pauta formulada com o governador João Dória. E, nessa pauta, vários itens de interesse de São Paulo. Mas alguns deles foram com dimensão. Foi uma conversa muito boa. Fluiu muito bem, com convergência total. E, a partir daí, ficaram estabelecidas algumas ações para fazer a viabilidade de vários projetos.
BNews - Pode adiantar quais são os projetos?
Imbassahy - Foram projetos como o Ferroanel, o trem entre a cidade de São Paulo, Americana e Campinas, a realocação da Ceagesp... Enfim, uma série de projetos. É importante fazer São Paulo crescer economicamente porque você estimula todo o crescimento nacional.
BNews - Com a derrota de Geraldo Alckmin, a tendência é que João Dória assuma a presidência do PSDB?
Imbassahy - Não, não. Ele não vai assumir. A tarefa dele é fazer um bom governo. É o desejo dele. E vai fazer. Será um governo que fará história aqui em São Paulo. Agora, evidentemente, na posição de governador de São Paulo, naturalmente, ele assume a liderança do partido. Mas as tarefas inerentes a Presidência do partido, não. Não dá para governar o Estado e ser presidente do partido.
BNews - Mesmo não participando da votação da Presidência da Câmara, como vê as movimentações para reeleição de Rodrigo Maia?
Imbassahy - Acho que Rodrigo tem todas as credenciais para obter a reeleição. Fez uma administração com uma pauta muito positiva. Obviamente que não dá para se fazer tudo o que se deseja, porque a Câmara é plural e ele tem que fazer as coisas com a vontade majoritária. Mas ele, sem dúvida nenhuma, mostrou que tem espírito público e se credenciou para a reeleição. E o PSDB já manifestou apoio a ele.

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