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“Temos que derrotar o bolsonarismo e sua expressão local que é o carlismo”, afirma novo presidente do PT da Bahia

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Éden Valadares tem o desafio da renovação do PT e articulações futuras do partido na Bahia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/10/2019, às 10h29   Victor Pinto


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Ungido do senador Jaques Wagner, Éden Valadares foi eleito presidente estadual do PT. A sua assunção ao cargo aconteceu durante o último Congresso do partido na Escola de Arquitetura da Ufba. Marcada por um longo processo de negociação, apesar de não ter único, a eleição de Éden tentou correr percurso para ser um nome de consenso. Foi para o bate chapa e venceu. Agora tem o desafio da renovação e articulações futuras na Bahia.

Em uma entrevista exclusiva ao BNews, Éden, ao podcast Política Agora, afirmou que a tática eleitoral a ser empreendida pelo PT baiano, com anuência da Plenária, é “derrotar o bolsonarismo e sua expressão local que é o carlismo”. Um aceno ao enfrentamento ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que tenta emplacar sucessor na capital e busca se viabilizar como nome da oposição para o governo do Estado em 2022.

Sobre o partido e suas divisões, o petista argumentou que a sigla segue coesa no quesito político. “A unidade tem que ser política”, disse ao ser questionado sobre a não unidade de chapas no processo eleitoral.

“O PT não é um partido monolítico, tem as suas organizações de tendências” o que classificou como uma condução normal. “No PT quanto mais opiniões, as opiniões não se subtraem, elas se somam. As opiniões divergentes não dividem o PT, elas multiplicam o PT”.  

Reafirmou a bandeira “Lula Livre”, apesar de achar que o assunto não deve permear a conjuntura eleitoral, mas disse crer em um ponto de encontro das suas situações. “Lula é um ponto de encontro da sensatez com o País”, disse. 

“Pra nós do PT, pro campo democrático, pra quem faz a defesa da democracia e da soberania nacional, a luta pela liberdade do Lula não é só pela injustiça que ele é vítima: o presidente Lula é vítima da maior farsa política da história desse país. O julgamento do Lula não fica em pé”.

Indagado sobre a eventualidade de ser um balão de ensaio o nome do senador Jaques Wagner (PT) ser posto mais uma vez para concorrer ao governo do Estado em 2022, Éden desconsiderou essa perspectiva ao dizer que o ex-governador tem gabarito eleitoral suficiente para não se prestar a esse papel.

Crê em um cenário favorável para Salvador e Feira de Santana, dois maiores colégios eleitorais baianos, cujo PT nunca conseguiu êxito no Executivo. Afirmou que haverá diálogo para o partido também manter as bases já conquistadas em municípios importantes. E sobre Rui Costa, o classificou como um patrimônio do PT.

Confira a entrevista na íntegra:

Classificação Indicativa: Livre

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