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Em meio à crise do PSL, Pastor Tom não sabe se continuará no partido

Imagem Em meio à crise do PSL, Pastor Tom não sabe se continuará no partido
Policial militar e pastor evangélico, o parlamentar é um dos fortes nomes para disputar a prefeitura de Feira de Santana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/10/2019, às 05h00   Márcia Guimarães


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No meio da disputa entre o PSL nacional e o PSL baiano, o deputado Pastor Tom tem procurado evitar polêmicas com o casal Dayane e Alberto Pimentel, representantes da legenda na Bahia. Eleito em 2018 pelo Patriota, migrou recentemente para o partido do presidente Jair Bolsonaro por causa da cláusula de barreira, mas sua permanência ainda é incerta.

Policial militar e pastor evangélico, o parlamentar é um dos fortes nomes para disputar a prefeitura de Feira de Santana. Confira a entrevista com Pastor Tom:

BNews – Você entrou no PSL pelas mãos do casal Pimentel. Como você avalia esse racha com Bolsonaro? Você viu como um ato de traição ao presidente?
Pastor Tom –
Eu não posso definir se foi ato de traição. Cada um que sente a sua dor é que geme. Quem sou eu para julgar? Quem tem que julgar é o povo com o decorrer do tempo. Todo racha é ruim, traz consequências, rompimento de amizades. Quero deixar bem claro que não tenho nada contra o casal, espero que tenha sucesso na vida e que Deus o abençoe. Cabe ao povo julgar essa decisão.

BNews - Você acha que o casal Pimentel morre politicamente ao se desligar de Bolsonaro?
Pastor Tom –
As próximas eleições para deputados é só daqui a três anos. Tem tanta coisa para rolar ainda. Eu não posso falar que eles morrem politicamente, só quem vai dizer isso é o tempo, o que eles construíram e o que deixaram de construir. 

BNews – Você aparecia como pré-candidato à Prefeitura de Feira de Santana se o PSL tivesse candidato próprio. Esse cenário muda se você sair do PSL?
Pastor Tom –
Na verdade, a proposta do PSL nunca foi meu nome para Feira de Santana. Quando eu fui para o partido, eles me falaram que um dos dois (Dayane ou Alberto) seria o candidato. Contudo, eu deixei bem claro também que não teria obrigação de apoiar e, a depender das pesquisas, se meu nome aparecesse melhor, eu não teria nenhuma dificuldade para procurar outro partido.

BNews – Você irá sair do PSL? 
Pastor Tom –
Política é igual a nuvem, um dia está aqui num lugar, amanhã ela está em outro. Se eu vou sair, eu não sei. Vai depender do caminhar das coisas. Já fui convidado para ir para alguns partidos, mas não há nada certo ainda. Não sendo partido de esquerda, qualquer partido que tenha os princípios da fé e da família, cai bem com o meu trabalho.

BNews – É possível que você migre para algum partido que seja da base do governador Rui Costa (PT)?
Pastor Tom –
Sim, pode acontecer. Há partidos da base do governador que pertencem ao centrão. Em política não se pode fechar portas.

BNews – Qual a sua posição nas eleições de Feira de Santana?
Pastor Tom –
Eu vou seguir o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM). Se por um acaso eu não for bem nas pesquisas e o grupo pontuar, a gente pode fazer uma construção e vai comungar junto. Se eu for bem, eu não abro mão, pois eu não posso deixar uma aclamação do povo.

BNews - Como você avalia a gestão de Colbert Martins (MDB)?
Pastor Tom –
Todos nós sabemos que Colbert Martins assumiu a Prefeitura de Feira de Santana quando José Ronaldo de Carvalho foi ser candidato a governador. Eu vejo que a gestão precisa melhorar mais, que ele precisa conversar mais com o povo e com as lideranças até chegar a um denominador comum. Prefeito tem que estar no meio do povo.

BNews - Qual a sua opinião sobre a tentativa de greve do movimento liderado por Soldado Prisco (PSC)?
Pastor Tom –
Eu não sou a favor de greve nenhuma, mas o deputado Prisco entendeu que os policiais queriam fazer greve. O governador precisa conversar, negociar, está faltando diálogo. Temos o mesmo efetivo de policiais militares em Feira de Santana de 10 anos atrás, a quantidade de viaturas é a mesma, sendo que abriram mais de 20 bairros na cidade. 

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