Entrevista

“Dama de Ferro” de Rui abre jogo sobre confusões no Detran e comenta guerra fria PSD/PP

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Ex-prefeita de Rafael Jambeiro, Cibele Machado é a primeira mulher a chefiar a secretaria de Relações Institucionais do governo do Estado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/11/2019, às 16h15   Victor Pinto


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Assumir a pasta de Relações Institucionais não é uma tarefa fácil. De todos os homens que passaram pela secretaria, inaugurada pelo então secretário Rui Costa (PT) no governo Jaques Wagner (PT), nenhum passou ileso as duras críticas da base, principalmente dos deputados estaduais e federais. A ex-prefeita de Rafael Jambeiro, Cibele Carvalho, mudou a lógica de estabelecimento das relações de uma área turbulenta da gestão estadual.

Apesar de elogios de alguns, chegou a ser apelidada de Dama de Ferro do primeiro escalão do petista, principalmente por algumas posturas firmes que tem tomado, conforme já noticiado pela coluna Na Sombra do Poder.

O podcast Política Agora do BNews conversou com a política, filiada ao PT, que ficou na corda bamba na reforma administrativa da reeleição de Rui, pois estava como interina do agora secretário de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, mas conseguiu se estabelecer no cargo e tem a confiança do chefe do Palácio de Ondina.

“Observei onde tinha uma lacuna aqui dentro e Josias fala abertamente, do olhar que eu tive de uma deficiência que ele teve, a experiência política de Josias é inegável, e ele fez um olhar de algo que fiz diferente: eu vou até aos deputados, vou para a Assembleia Legislativa, visito lá, vou até a bancada federal (...) e não me furto em ir ao encontro de nenhum. Outra coisa é dizer o não. Não temos como atender todos os pleitos”, explicou.

Em uma das suas atuações polêmicas atualmente está a limpa no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN). Por determinação do governador, Cibele conduziu a mudança de governança do órgão estadual. O objetivo do sacode foi deixar de lado as indicações puramente políticas e conduzir as mudanças por um viés mais técnico.

“Foi delicado. O governador tomou decisão firme em colocar um gestor a frente do Detran, técnico, do quadro do Estado e não tem viés político, hoje, no comando do Detran. Precisei fazer a interlocução com alguns políticos que tem cargos lá (...). Na medida do possível, foi tranquilo”, afirmou. 

Apesar da indisposição com o Podemos, partido que comandava do órgão, ressaltou que novos espaços foram ocupados, como a ADAB, e não houve comprometimento com a interlocução.

Sobre a eventual reeleição do deputado Nelson Leal (PP) no comando da Assembleia Legislativa da Bahia, a secretária afirmou que nada chegou no seu gabinete de maneira oficial. “Acredito que o legislativo resolverá a questão. Não caberá ao Executivo. Acho que esse também é o entendimento do governador”, disse.

Cibele reforçou que a construção do mapeamento do governo é observar a geografia eleitoral das 30 maiores cidades baianas.  Sobre 2022, a chefe da pasta descartou a pecha de guerra fria entre PP e PSD pela sucessão de Rui. Deixou claro que há uma boa relação com o vice-governador João Leão (PP) e o senador Otto Alencar (PSD).

Ouça aqui a entrevista completa:

Classificação Indicativa: Livre

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