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Panorama Eleições: Isidório defende implementação de escolas técnicas em Salvador

Imagem Panorama Eleições: Isidório defende implementação de escolas técnicas em Salvador
Entrevista foi a segunda das nove que serão realizadas na série do BNews  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/10/2020, às 17h54   Luiz Felipe Fernandez e Marcio Smith


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O candidato a prefeito de Salvador e deputado federal mais votado da Bahia, Pastor Sargento Isidório (Avante), defendeu em entrevista ao BNews, que caso seja eleito sua gestão na área da educação terá foco na implementação de escolas técnicas para a população. 

Representante da coligação Vamos cuidar de gente (Avante, PSD e PMB), Isidório destacou a importância de ter um partido como o PSD na vice da chapa com a indicação de Eleusa Coronel, esposa do senador Angelo Coronel (PSD). 

O deputado afirmou que seu objetivo é de tratar todos os bairros da cidade com "isonomia e equidade". "O orçamento precisa chegar aos 170 bairros, ter isonomia, ter equidade administrativa [...] Minha prioridade é fazer o que é feito nos bairros nobre, é trazer as políticas públicas paras  periferias, guetos e encostas", afirmou.

O candidato à prefeitura de Salvador foi o segundo entrevistado no programa Panorama Eleições 200, em formato de live no perfil do BNews no Instagram, nesta quarta-feira (14). A ordem das entrevistas foi definida através de sorteio com as assessorias dos candidatos. Todas as lives serão realizadas às 17h e terão duração de, no máximo, 30 minutos.

Leia a entrevista na íntegra:

BNews: Caso o senhor seja eleito, qual será sua prioridade?

Isidório: Primeiro, eu quero saudar a todos com a paz de Senhor Jesus, independente de religião, e eu quero parabenizar vocês mais uma vez e agradecer. A nossa prioridade é cuidar de gente, de verdade e sem maquiagem. Nosso slogan está aí, a gente registrou nossa coligação e eu estou pedindo para trocar de nome porque registramos e o pessoal está fazendo plágio, todo mundo agora diz que cuida de gente, só para fazer disputa política.

Eu moro dentro de um hospital, são 27 anos de liberto por Jesus. Eu não sou melhor do que ninguém, mas dei uma mudada boa. Moro com minha família lá dentro, sábado, domingo, feriado, natal, ano novo, semana santa e São João, eu estou lá, não é maquiagem. Já tem gente que dizia que eu era doido querendo baixar o gás de cozinha, já tem gente carregando bíblia na mão e é ateu, e é tanta coisa que estão fazendo. Você vê que no meu programa de governo de fazer uma moratória para socorrer, imediatamente, os empresários para poder abrir emprego e devolver emprego, agora a Câmara (de vereadores de Salvador) e o prefeito já fizeram lá, mas é uma meia boca.

A moratória que a gente fala é uma que converse com os empresários de todos os tamanhos, desde o vendedor ambulante ao grande que estiver prejudicado. Temos o incentivo que iremos fazer de taxas e impostos, Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), para os que vierem empreender e gerar emprego. Está dentro do meu programa com Eleusa que é mais emprego, menos imposto. Contanto que essa facilidade que iremos dar, gere emprego.

Para além disso,  é discutir Salvador com os donos, quem é que paga os impostos? O orçamento é do povo, então a gente tem que ir lá saber o que o povo quer. Depois de eleito, eu estarei ampliando as visitas, nosso orçamento será impositivo. Estão dizendo por aí que eu vou acabar com as prefeituras-bairro, pelo contrário, nós vamos ampliar. Salvador é quase um estado, não dá para o prefeito querer governar sozinho. O que vai mudar na prefeitura-bairro é que iremos ampliar, já tem Diário Oficial, onde eu conversei com o governador Rui Costa (PT) para botar os Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) nelas.

Não dá para você ficar pagando uma estrutura grande para o cara ficar coçando os esquimbas, com apadrinhado político. Depois que eu fizer a transição e que os nossos técnicos souberem como estão as coisas, nós iremos organizar as eleições. Aí até os que estão hoje, caso queiram ser candidatos, podem. Não é mais prefeito, não é mais patrão político que vai indicar quem vai gerir a vida do bairro. 

Melhor do que isso, é que eu não vou ficar só na prefeitura, lá no palácio, terá um dia que eu estarei com a vice e com os principais secretários para ir ver o que está acontecendo in loco. Este é um projeto da prefeitura participativa, onde o povo vai poder opinar, nós não iremos enganar ninguém dizendo que vai fazer o que não pode.  Nós vamos lá ver qual é a prioridade dona Maria, seu João, dona Joana, seu Pedro, e vamos discutir e resolver. 

Outra coisa é que a Educação será prioridade, nós temos apenas 12 escolas em tempo integral, isso quer dizer 12,77%. Em uma Salvador onde várias mães precisam estar fazendo bico e trabalhando. São 433 escolas, e só 12 são tempo integral. Cadê as creches? Quase 70% do povo está fora das creches, em uma cidade muito carente e muito necessitada. 

Minha prioridade é fazer o que é feito nos bairros nobre, é trazer as políticas públicas paras  periferias, guetos e encostas. Nós temos um milhão e duzentas mil pessoas morando em área de risco em  nossa querida Salvador, isso não é pouca coisa. Não é ser prefeito dos pobres e abandonar a área dos ricos, é não fazer uma Salvador só para turista ver. A gente precisa que o turista vá nas Cajazeiras, que visite os bairros do Subúrbio, que entrem na Cidade Baixa, vá no Uruguai. O orçamento precisa chegar aos 170 bairros, ter isonomia, ter equidade administrativa. Eu vou administrar com transparência, além de pregões presenciais e eletrônicos. 

O nosso programa de governo foi feito a várias mãos, afinal de contas, o governador cumpriu comigo a promessa de me dar um partido com autoridade, para não ficar parecendo que eu sou um doido em cima de um carro como o PDT me deixou na eleição passada. O presidente municipal apoiava o atual prefeito e eu fiquei no Sol quente. Hoje não, o governador cumpriu ‘estou lhe dando um partido, Isidório, para você além de ir pro segundo turno e ser prefeito de Salvador’. As pessoas ficam ‘mas ele está apoiando Denice’, ela é do PT, ele tem que ter o candidato dele lá.

Olívia é candidata de base, Bacelar é candidato de base, esse povo é candidato de base. Dos três senadores baianos, um é meu super amigo que é Jaques Wagner (PT), os outros dois, Angelo Coronel (PSD) e Otto Alencar (PSD), são nossos apoiadores que estão fazendo acontecer. Um destaque muito especial para o carinho que Coronel está tendo comigo, o cuidado. A nossa futura vice-prefeita, Eleusa Coronel (PSD), não é minha vice-prefeita porque é mulher de senador, agora quem não quer uma mulher de senador na sua vice.

Eu dizia assim ‘é muita areia para minha caçambinha’, e Deus fez acontecer. Nós estamos falando de um partido com dois senadores muito importantes. Nosso programa de governo foi feito por quem tem experiência, o que eu não entendia, eu pedia para me explicarem para não vender terreno no céu, só bote no programa o que for exequível. É melhor você perder a eleição do que ganhar a eleição vendendo sonhos de mentira.

O gás de cozinha, vocês devem ter percebido que o povo está perguntando onde está. Foi a única coisa que o marqueteiro conseguiu tirar de mim. A minha bíblia eu sempre andei com ela, é a minha fé. A bíblia é de católico, pai de santo, espírita e ateu, todo mundo lê bíblia. Não é forçar a ser evangélico, até porque eu não sou candidato a padre, pastor ou pai de santo, eu sou candidato a prefeito.

Mas o gás de cozinha, eu tirei, até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizia para eu tomar cuidado com a coluna, mas podem ficar tranquilos que o gás minha principal bandeira. O gás sai de R$ 27 da refinaria, e depois de prefeito ninguém vai vender gás explorando porque o prefeito tem o poder da liberação de alvará. Gás de cozinha faz parte da cesta básica das donas de casa, ninguém vai vender explorando o povo. Eu sei onde é a refinaria, se alguém não quiser ajustar para baixar o gás, a prefeitura terá um empresa mista para buscar e trazer mais barato e com segurança.

BNews: Como se dará a isenção de impostos para empresas num cenário de perda de arrecadação causada pela pandemia do novo coronavírus?

Isidório: O projeto que o senador Angelo Coronel está falando comigo e com Eleusa é o mais emprego, menos impostos. Não tem possibilidade de você empregar o cidadão, se o dinheiro não rodar. O Brasil não está na pendenga por causa dos R$ 600, se fosse só R$ 200 não daria para nada. A Câmara e o Senado foram para cima e botou em R$ 600, aí o Governo Federal pagou e esse dinheiro gira. A gente tem pessoas que querem empreender, portanto criar mais empregos. Numa Salvador muito criativa e inteligente, Salvador exporta para todo o Nordeste tecnologias muito avançadas.

Nós estamos na era das startups, nós iremos modificar  através das startups. Ninguém vai precisar ficar na fila de madrugada num posto médico ou uma mãe passar a madrugada em uma fila na prefeitura para fazer um cadastro. Não vai ter isso, as pessoas de casa vão marcar consulta, ser chamado e receber seus exames. Nós iremos facilitar a vida do povo de Salvador. Nós temos culinária boa, nós temos corte e costura, e tantas outras micro e médias empresas que podem se instalar por aqui. Salvador é uma cidade de serviço, o povo trabalha em tudo quanto é canto, o povo inventa a roda.

Podem ficar tranquilos porque o que eu não souber, eu pergunto. Nossa gestão na área de licitação terá assento para Polícia Federal, MP e imprensa, tudo para fiscalizar. Só quem não vai estar é o prefeito, eu vou estar fora. Eu tenho dito que se Deus tocar no coração do povo para eu ser prefeito, eu não vou roubar, não vou deixar roubar e essa tem que ser a marca de todo político nesse país. O que eu desejo é ouvir o povo.

BNews: Qual seu posicionamento sobre a realização do Carnaval em 2021?

Isidório: Qualquer festa, ajuntamento de pessoas, precisa ter autorização das autoridades de Saúde, quem tem de dizer se existem condições favoráveis para se ter o Carnaval são as autoridades de Saúde. Uma coisa que eu não abro mão é de que o prefeito atual planeje o Carnaval, ele não é vidente, ele não pode garantir que Salvador terá um dono  porque tem que ser ele e é ele de novo. Eu sou pastor, eu podia me afastar desse tema, mas eu repito, eu não sou candidato a pastor ou a religião. Religião fica fora do Executivo e do dinheiro público.

Salvador recebe dois milhões e trezentos mil turistas para dez dias. Sabe qual é a renda de um Carnaval em dez dias? Dois bilhões e quinhentos milhões de reais, são 215 mil empregos gerados (diretos e indiretos). Nós estamos falando dos hotéis voltando a aquecer, ambulantes, serviço de táxi, moto táxi, todo mundo participa disso. Então, como eu vou abrir mão de pedir que o prefeito planeje o Carnaval, depois que eu ganhar a eleição, se for a vontade de Deus, quem vai me orientar sobre a realização ou não será o ministério da Saúde e a secretaria Estadual da Saúde.

Carnaval só terá se não houver covid-19 e houver vacina. Mas eu lhe digo que precisa ser planejado, a obrigação do prefeito é fazer gerar recurso. Nós vamos pegar uma prefeitura que estará falida e com muita dificuldade, por isso vamos ter que auditar muitas áreas para avisar ao povo da situação. Tem muita coisa sendo feito e muita gente gozando com a chibata dos outros. A led está aí e é bom, mas você sabe quem vai pagar? Ele fez contrato para todo governo que vier pagar. Aí é bom, fazer governo para os outros pagarem, isso deveria ser proíbido.

Nós vamos puxar as planilhas da prefeitura para as nossas mãos, o pós-pandemia vem pior, eu preciso trabalhar com a equipe econômica para gerar recurso. Eu devo agradecer a Deus pois além de um governador que já é prefeito de Salvador, Jaques Wagner e Rui Costa foram os responsáveis pelas obras grandes que tem aqui. As emendas que os deputados federais têm direito, eu botei no governo do estado e na secretaria da Saúde porque temos um governador sério e um secretário sério. Os 27 milhões de reais foram para Saúde e para secretaria de Ação Social. Eu fiz isso, entendendo que o governador é quem governa.

Eu retirei meu voto da reforma da previdência quando vi meu eleitores zangados, quando que vi que a JBS não foi taxada, as grandes riquezas. Eu retirei meu voto e pedi para presidência tirar os 40 milhões de reais de emendas a mais, mas eu retirei o voto quando vi o eleitor, que é o meu patrão, zangado. Eu retirei meu voto e ainda consegui mais oito votos contrários.

BNews: O senhor criou a Fundação Dr. Jesus e cuida dela há muito tempo, mas aqui em Salvador nos últimos a política adotada foi a dos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps), caso seja eleito o senhor manterá o Caps ou pretende reformular e implementar um modelo mais parecido ao da Fundação?

Isidório: Raul Seixas dizia que a gente prefere ser uma metamorfose ambulante, eu não posso nem manter da forma como está e nem piorar. Eu tenho que olhar o que está dando certo para adequar a realidade da nova gestão e seguir em frente. A Fundação Dr. Jesus tem um projeto que para além de recuperar dependentes químicos, alcoólatras, mulheres em situação de risco. A gente criou os Centros de Apoio à Família (CAF) em Cajazeiras, Subúrbio, Liberdade, Camaçari, Feira de Santana e irá montar em Alagoinhas. Estamos tentando levar o atendimento Psicossocial aos familiares, não é só o usuário que sofre com as drogas.

É bom eu dizer, eu noto que as pessoas fazem pergunta da Fundação tentando passar para as pessoas que eu só faço isso. Eu tenho experiência policial, eu tenho 38 anos de polícia, eu já disse que sou professor de folclore, sou teatrólogo, tudo que a gente brinca ali faz parte do Teatro. A única coisa que vai vir da Fundação é a escola técnica, é o novo projeto de ampliação do nosso. Estamos esperando o momento de trabalhar com quem não usou drogas, eu já trabalho, lá dentro da Fundação temos creche, o pessoal cadeirante, idoso.

Deus está cumprindo uma promessa na minha vida de trabalhar com quem não usou droga, a gente descobre que o motivo de tanta droga é a falta de oportunidade da nossa juventude, é falta de espaço, falta de educação. Estamos criando essa escola técnica que é a segunda maior da Bahia e é para Bahia toda. Nós vamos ter café, almoço e jantar gratuitos. No início, eu pensei em Faculdade, mas fui demovido da ideia, adequamos para os cursos técnicos. Vamos ter informática, administração, meio-ambiente, enfermagem e outros cursos que o mercado de trabalho esteja absorvendo.

Se tem uma coisa que vai ser levada para Salvador, é o modelo da escola técnica. As Cajazeiras precisam de uma escola técnica, o Subúrbio, a região de Brotas. Eu quero trazer a Educação para Salvador em todos os eixos urbanos da cidade. Para isso, eu vou contar com o apoio do governo Rui Costa e vou contar com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), eu repito, votar contra, ser de esquerda ou de direita é uma coisa. Quando a gente é prefeito, a gente entende que respeito é para todas autoridades, são autoridades constituídas, então eu vou pedir ajuda.

Pedimos os colégios de Polícia Militar, para você ter ideia era só no Dendezeiro. Em 2001, aconteceu aquele movimento chamado grevista, eu não digo isso. Foi um movimento pelos Direitos Humanos, para que os de cima respeitassem os de baixo. Coronel não é dono de Praça, é funcionário público, tanto o Coronel quanto o soldado. Uma das nossas pautas ali foi liberar os colégios da Polícia Militar para mais locais em Salvador. A Bahia toda hoje está tendo esses colégio, eu fiz uma indicação para o governador que os prefeitos que quiserem o colégio, que é meu caso, quando eu chegar na prefeitura, forneça o estabelecimento e a PM através do Comandante-geral oferece a cooperação técnica.

Eu sou candidato a prefeito porque a gente fica cansado de projetar e propor, tem coisa que sai do papel como o Hospital Regional Metropolitano, que eu venho pedindo há mais de seis anos. Outro projeto, se eu chegar na prefeitura, eu vou pedir ao governador que os funcionários público da prefeitura tenham direito ao Planserv, existe muito serviço de Planserv e laboratório que podem atender, então o que custa atender funcionários de uma capital como Salvador? Depende só da vontade e da parceria no contrato de convênio, para isso teremos a Câmara de Vereadores e o Ministério Público acompanhando.

Sobre os vereadores, eles nunca tiveram um prefeito que vão ter. Eu vou ser um prefeito que não vou fazer sozinho, vereador vai ter a emenda impositiva praticada na minha gestão porque tenho quatro anos ou mais brigando por isso. Em Brasília, eu estou brigando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que os vereadores também tenham direito. O que é a emenda? É o que os senadores, deputados federais e estaduais recebem para alocar em suas bases. Por que é que o vereador que é o parlamentar mais perto do povo não pode? Em Salvador, nós teremos um orçamento impositivo para os vereadores, eles que vão me convidar para inaugurar. 

Quem está mais perto do povo, sentindo a dor do povo, é o vereador. Por que o vereador não pode ter direito a fazer uma rua? Por que tem de esperar eleição para botar porra de asfalta? Está pensando que engana quem? Porque passa quatro anos e só coloca em véspera de eleição. Nós vamos administrar Salvador fazendo em quatro anos planejando juntos, primeiro os técnicos, e depois vamos para as bases, ouvir a proposta do povo e achar um denominador comum para fazermos o que for prioridade para nossa gente, é cuidar de gente, de verdade e sem maquiagem.

BNews: O senhor é uma candidatura da base do governador, mas tem um alinhamento na questão de valores que se aproxima do presidente Bolsonaro. Acredita que este alinhamento na questão de valores pode te ajudar em Brasília? Num eventual segundo turno, o senhor conta com o apoio de uma esquerda mais radical e como convencer esses eleitores?

Isidório: Eu sou da base do governador correria, mas me relacionar, como prefeito, eu tenho que me relacionar com todo mundo. Eu não posso querer ser prefeito brigando com o presidente da República como estou vendo aí. Ele é presidente, tem muito eleitor que votou nele, evangélico, pessoal da Segurança, que votou em mim também, e são inteligentes, não é gado não. Assim como eu não aceito que chame os esquerdistas de bandido, vagabundo e de moleque. Eu não sou de esquerda, nem de direita e nem centro, eu quero ir para frente. Daqui a pouco estou saindo aqui para ir conversar com um governador em uma reunião no Palácio de Ondina. Fiquem tranquilos, minha fé ninguém bole, pergunte ao governador, ao ministro Ramos. 

Quer ver quem é Isidório de verdade, esses dias eu estava na rua, na minha caminhonete, aí um gay desses bem espalhafatosos (sic), daqueles que  dança com a bunda para cima, queria quase comer minha caminhonete. Ele chegou na frente e baixou a bunda, eu digo ‘vai botar a caminhonete, pelo amor de Deus?’. Eu não sabia o que estava acontecendo, poderia ser uma armação, e poderia causar um acidente. Eu pedindo ‘meu filho, deixa a gente passar’ e ele em frente a caminhonete me chamando de homofóbico, a bíblia diz que quem não tem sabedoria pede a Deus. O que eu fiz, eu disse ‘meu filho, você quer quebrar? Venha quebrar aqui em cima’, ele queria ser visto. Ele é um jovem não tem problema nenhum.

Eu tenho 12 lésbicas que moram comigo e com minha esposa na minha casa, eu tenho uns 32 meninos lá meio alegres (sic). Lá dentro ninguém faz sexo, nem hétero, nem homo. Eu é que faço três vezes na noite com minha mulher para desestressar. Só quem faz sexo é eu e minha nega veia para desestressar, sexo é saúde quando é casado, obdecendo papai e mamãe, sexo depois do casamento. Com a campanha, nós passamos para duas vezes, não vou mentir. Eu não estou conseguindo fazer três vezes não. Eu não gosto de mentir. A nega também está um pouco adoentada, teve um problema de câncer de mama, teve agora um na tireóide, como meu filho, Tancredo Isidório. Mas Deus está nesse negócio, eu estou sendo testado para ver a quem eu sirvo. Eu sei que não só minha esposa como todas as esposas, a mão santa de Jesus vai curar. Não só meu filho Tancredo Isidório como todos os demais filhos, Jesus está no barco. 

BNews: Declarações finais

Isidório: Quem pode ficar em casa, fica em casa. Quem precisar sair, use máscara. A pandemia vai passar, eu canto assim ‘vai passar, o coronavírus logo vai passar, não se desespere, pelo amor de Deus. Tenha paciência, tenha fé em Deus’. Vai passar a pandemia e já já vai chegar o prefeito que cuida de todo mundo, sem caça às bruxas. Claro que precisamos colocar em cargo os profissionais efetivos, a gente tem muita gente boa no cargo efetivo da prefeitura. Por que a gente não pode aproveitar esses profissionais e tem que ser indicação política? Deus te abençõe e te guarde. Aquele rapaz viu que eu respeito todo mundo, que eu não sou intolerante. Eu sofri muito preconceito, minha mãe me deixou dentro de um quarto com um primo, e eu digo muito ‘não deixe ninguém estranho dentro do quarto de vocês, não deixe seus filhos por causa da pedofília’. Eu tenho marcas de sofrimento para chegar na posição de deputado federal com 170 mil votos, não foi só dança e teatro, é trabalho. Eu trabalho, sou mestre de obras, eu trabalho na Fundação pegando na pá e na enxada. Podem ficar tranquilos, eu vou estar ouvindo todos e conversando com todos para fazer uma Salvador de verdade e sem maquiagem. Eu sei cuidar de gente de verdade e diferente. Deus abençõe, um abraço para todo povo de Salvador. É 70.

Assista abaixo a entrevista completa com o candidato à prefeitura Pastor Sargento Isidório (Avante):


Classificação Indicativa: Livre

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