Entrevista

"Plano é aprimorar o funcionamento dos mercados municipais", diz secretária da Semop sobre desafios em 2021

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A Semop vem oferecendo convites para lotéricas, lojas de Pague Fácil, dentre outros segmentos comerciais com o objetivo de aumentar a circulação de clientes  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/02/2021, às 15h48   Raul Aguilar


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Em época de pandemia, em que muitas pessoas fecharam os comércios e perderam os empregos, um dos maiores desafios da Secretaria de Ordem Pública de Salvador é ordenar o comércio informal de Salvador. Em entrevista ao Bnews, a secretária Marise Chastinet, que assumiu a pasta na gestão do prefeito Bruno Reis, afirmou que outro projeto importante para 2021 é aprimorar o funcionamento dos mercados municipais. 

A nova gestora da Semop é graduada em Administração, pela Universidade Federal de Sergipe, com pós-graduação em Direito Administrativo, pela Universidade Federal da Bahia, e MBA em Gestão Portuária, pelo Senai Cimatec. Ao longo da trajetória na vida pública, ela atuou como presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal), já ocupou cargos no Departamento Nacional de Obras Contra As Secas (Dnocs), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e na Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA) e foi assessora especial na Casa Civil e no Gabinete da Prefeitura de Salvador.

BNews: Secretária Marise Chastinet , como está sendo assumir uma das secretarias mais importantes para Salvador em um período de pandemia?

Marise Chastinet: O nosso maior desafio é ordenar o comércio informal da nossa cidade, que inclusive, no período da Pandemia, cresceu muito. Não podemos tirar o direito de ir e vir do cidadão. Devemos garantir a circulação dos pedestres, o fluxo do trânsito nas vias públicas e, ao mesmo tempo, permitir o pleno funcionamento do comércio informal de forma ordenada, contribuindo para o sustento das  famílias e cumprindo rigorosamente as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao distanciamento Social. 

BNews: Quais são os planos e projetos que a senhora pretende executar na Semop em 2021?

M. C.: O nosso plano é aprimorar o funcionamento dos mercados municipais, realizando o ordenamento dos comerciantes e incentivando o comércio local. A nossa ideia é promover o treinamento dos comerciantes informais que atuam nos pontos turísticos de Salvador, para melhor atender ao turista. Quanto aos demais, vamos identificar, licenciar e ordenar, dando dignidade ao ambulante, para que possa garantir o ganha pão de sua família. 

BNews: Os mercados municipais sofrem com a baixa procura, o que é motivo de queixa de permissionários. A Semop tem algum projeto ou iniciativa para gerar público para esses locais?

M. C.: A Semop vem oferecendo convites para lotéricas, lojas de Pague Fácil, dentre outros segmentos comerciais com o objetivo de aumentar a circulação de clientes e consequentemente ampliar o movimento nesses locais, dando mais vida aos mercados.

BNews: Quais são os serviços mais realizados pela secretaria? 

M. C.: Um dos serviços que mais realizamos é a fiscalização e o ordenamento do comércio informal da nossa cidade. Com isso preservamos o direito de ir e vir do cidadão, sem atrapalhar o trânsito em Salvador.

BNews: A Semop é alvo constante de críticas pelo comportamento de agentes durante o ato fiscalizatório. O que está sendo feito para evitar os excessos no importante ato de ordenamento das atividades a serem exercidas nas ruas do município?

M. C.: Não há excessos. Nós instruímos os nossos fiscais a serem sempre pacíficos e a estabeleçerem o diálogo constantemente, de forma amistosa com a categoria. A Semop apenas cumpre os decretos municipais ao promover o ordenamento em toda a cidade. 

BNews: As blites fiscalizatórias, conhecidas popularmente como rapa, geram muita apreensão nos comerciantes informais, gente que no meio da crise do desemprego que vive o país tenta ganhar a vida de forma honesta. Se antes da pandemia o número de informais e ambulantes já era alto, imagine agora e no pós-pandemia do novo coronavírus. A senhora pretende adotar uma estratégia para evitar atuação do rapa neste período?

M. C.: Não reconhecemos este termo. O rapa não existe na nossa cidade. A Semop apenas cumpre os protocolos estabelecidos pela Prefeitura, na questão do ordenamento e na melhor organização dos espaços públicos de Salvador. É importante ressaltar que sempre realizamos as ações alinhadas com os sindicatos e associações dos ambulantes. 


BNews: Os ambulantes reclamam dos materiais utilizados nas barracas na recente qualificação da Avenida Sete, muitas já quebraram. Eles também reclamam dos espaços, que segundo garantem, não foram medidos respeitando o distanciamento social. Há também aqueles que reclamam de terem ficado de fora do processo. Como a Semop está acompanhando isso e o que está sendo feito para resolver esses problemas? 

M. C.: Referente à essa situação, todas as barracas foram adquiridas através de uma empresa terceirizada no ano passado. Nós identificamos os problemas, acionamos a empresa que já realizou as manutenções necessárias. Estamos atentos para qualquer necessidade e para novas manutenções. 

Classificação Indicativa: Livre

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