Dois suspeitos de homicídios são retirados do ‘Baralho do Crime’, mas permanecem foragidos da Justiça

Allan de Araújo Ferreira, o ‘Allan Cabeludo’ e Anaílton de Jesus Marinho, o ‘Pito’ permanecem foragidos da Justiça, embora tenham sido substituídos do Baralho do Crime, ferramenta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), na última terça-feira (17). Eles ocupavam as cartas ‘Rei de Ouros’ e ‘3 de Espadas’.  

Criado em 2011, o Baralho envolve suspeitos com mais de uma prática de delituosa e só são retirados da ferramenta por captura, revogação de mandado judicial, morte ou outros critérios estratégicos definidos pela unidade que solicitou a sua inserção. No caso de ‘Allan’ e ‘Pito’, a SSP afirmou ao BNews através de nota que “saíram da ferramenta devido ao surgimento de procurados considerados prioritários, na análise contextual em relação à periculosidade”. 

Procurado por homicídio qualificado, Wilson Santos Soledade, o ‘Índio’ é novo ‘Rei de Ouros’ no lugar de Allan. Ele é foragido do sistema penitenciário desde 2015, quando fugiu do Conjunto Penal de Jequié vestido de mulher. Índio é o homem mais procurado nas cidades de Ibicuí, Iguaí, Nova Canaã e Firmino Alves, acusado de ter praticado vários homicídios nessas cidades nos últimos anos. É atribuído a ele, também, um homicídio, com ocultação de cadáver, na cidade de Jaguaquara, em 2010.

Já o homicida Anderson da Silva Bacelar, o ‘Anso’, que atua município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), passa a preencher a vaga que antes era de ‘Pito’, na carta ‘3 de Espadas’. Anderson foi acusado de cometer 11 homicídios em 2014 quando tinha apenas 21 anos, chegou a ser preso e saiu, no entanto, não há mais informações sobre o paradeiro desde então. Ele é integrante de quadrilha ligada ao tráfico de drogas, com função de cobrar e matar inimigos de outras facções e devedores. 

Em oito anos, o ‘Baralho do Crime’ prendeu 42% alvos, 16% foram mortos e 23% foram retirados da ferramenta por conta de mandado judicial revogado ou solicitação da unidade requerente, por considerar a chegada de outros procurados prioritários. 

O exemplo mais recente de revogação de mandado judicial foi o de Ronaldo Santos Carvalho, o ‘Nal’, o suspeito de homicídios na área de Pernambués, foragido conforme relatado na reportagem. ‘Nal’ ocupou a carta de ‘Nove Paus’ por quatro anos (2014-2018), quando foi substituído por Manoel Rafael Bispo de Jesus, conhecido como ‘Jorge Bocão’.