Política

Eduardo Leite diz a empresários que não é 'salvador da pátria' e admite abrir mão da disputa se surgir nome forte de centro

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Publicado em 18/10/2021, às 08h30   Folhapress


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Em uma disputa com João Doria, governador de São Paulo, nas prévias do PSDB, o governador gaúcho Eduardo Leite afirmou em um jantar com empresários na noite deste domingo (17) que não quer ser o "salvador da pátria" e que abriria mão da candidatura se houvesse um nome forte para a terceira via.

"A gente não pode mais permitir que se acredite que no Brasil a gente vai eleger um mito ou salvador da pátria. Eu não sou candidato a mito nem a salvador da pátria", afirmou Leite, acrescentando que não se muda o país por ruptura.

Em São Paulo para a campanha das prévias no partido, Leite participou de um jantar com mais de cem pessoas, organizado pelo grupo Esfera Brasil.

Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, Marcelo Claure, do Softbank, Chieko Aoki, do Blue Tree Hotels, Issac Sidney, presidente da Febraban, e Claudio Lottenberg, do conselho do Albert Einsten, eram alguns dos presentes. Também compareceram cerca de dez prefeitos e Gilberto Kassab, presidente do PSD, que afirmou a interlocutores que Leite irá vencer a disputa.

"Se Doria resolver o problema de rejeição e decolar nas pesquisas até as prévias, não tenho nenhum problema de retirar a candidatura, mas não estou vendo isso nesse momento", afirmou Leite aos presentes.

"Se tiver outro candidato que flagrantemente reúna melhor, que mais aglutine, que mais se viabilize, eu não vou ser obstáculo para fazer concililação. Eu quero ajudar esse país a sair dessa maluquice."

O governador gaúcho também afirmou que o Brasil precisa de um centro que caminhe para a frente e que ele não quer escolher entre ser eficiente e privatizar ou ser sensível e fazer programas sociais de transferência de renda. "Acho, inclusive, que são complementares. Preciso de um governo enxuto para ter recurso e aplicar naquilo que promova a população de baixa renda."

Durante o dia, Leite alfinetou Doria ao dizer que “negar participação no debate e lançar suspeitas à forma de votação é coisa do bolsonarismo. Espero que não volte o BolsoDoria”.

Ele referia-se à recusa inicial do paulista em participar de um debate, marcado para terça-feira (19), e à desconfiança levantada por aliados de Doria ao sistema de votação eletrônica do pleito, um aplicativo desenvolvido no Rio Grande do Sul. Leite também foi eleitor de Bolsonaro no segundo turno.

O jantar deste domingo foi promovido pelo Esfera, grupo que fomenta o diálogo entre o setor produtivo, o governo federal e o Congresso. Na semana passada, a organizaço reuniu cerca de 20 empresários em um evento com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. O petista falou que a vingança de Lula seria fazer um bom governo, referindo-se às eleições de 2022.

Na ocasião, estavam presentes Jose Olympio Pereira, do Credit Suisse, Luis Henrique Guimarães, da Raízen, Nelson Kaufman, da Vivara, Nicola Calicchio, do Softbank, e Washington Cinel, da Gocil.

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