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Bolsonaro agradece Netanyahu por parceria e dá boas-vindas a novo governo em Israel

Alan Santos/PR
Bnews - Divulgação Alan Santos/PR

Publicado em 14/06/2021, às 19h24   Folhapress


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou mensagem de agradecimento ao ex-premiê israelense Binyamin Netanyahu, que deixou o cargo no domingo (13), e deu boas-vindas ao novo governo do país, chefiado por Naftali Bennett.

"Agradeço a @netanyahu, meu grande amigo, pelo ótimo trabalho que pudemos desenvolver juntos no fortalecimento da parceria entre os nossos países e na promoção do bem-estar dos nossos povos. Tenho certeza que a sorte e o seu imenso talento não lhe faltarão nesta nova etapa", escreveu o presidente em uma rede social.

"Também dou as boas-vindas ao novo governo israelense e desejo sucesso ao premiê @naftalibennett e ao ministro das Relações Exteriores @yairlapid, parabenizando-os pelo êxito nas eleições e na formação do governo. Estejam certos de que o Brasil não faltará a Israel e aos judeus".

Bolsonaro buscou se aproximar dos israelenses desde a campanha eleitoral, como forma de reforçar o apoio dos evangélicos. Alguns líderes religiosos consideram que a existência do Estado de Israel é um fator necessário para a volta de Jesus Cristo à Terra.

Netanyahu veio à posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019, e recebeu o líder brasileiro em uma visita a Israel, em março daquele ano.

O ex-premiê governou o país durante 12 anos. Desde que assumiu pela primeira vez, em 1996 -ele saiu em 1999 e voltou ao cargo dez anos depois, mantendo-se até agora. Conhecido pelo apelido de Bibi, ele monopolizou as atenções do país, transformando cada eleição em um confronto entre seus apoiadores e seus críticos.

Bibi é acusado de uma série de crimes, incluindo corrupção, suborno e fraude. Caso seja condenado, ele corre risco de ser preso, o que o impediria de seguir na política para tentar retornar ao comando do país.

Mesmo com essas denúncias, Bibi segue sendo um político popular internamente, em grande parte pelo sucesso que obteve na área econômica. Em 2009, antes de ele reassumir como premiê, Israel tinha uma taxa de desemprego de 9,4% e o PIB per capita era de US$ 27.730, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional. Com uma série de reformas do sistema financeiro e de medidas para favorecer o livre-mercado, ele agora deixa o cargo com um desemprego na casa dos 5% e um PIB per capita de US$ 47.600.

Outro trunfo é o sucesso da campanha de vacinação contra a Covid-19. Israel tem a maior proporção de pessoas completamente imunizadas no planeta -57% dos moradores, segundo o site Our World in Data- e já deu início a uma ampla reabertura.

Outro assunto que consumiu grande parte dos governos de Netanyahu foi o conflito com os palestinos. Netanyahu sempre teve um discurso em que colocou a segurança de Israel como prioridade e se opôs a negociações de paz -principalmente com o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Durante seu governo, foram comuns os confrontos entre o Exército israelense e a facção, incluindo aí uma guerra em 2014 que deixou milhares de mortos e o conflito do mês passado, que durou 11 dias. Essas ações geraram, inclusive, denúncias de violações dos direitos humanos contra Netanyahu.

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