Política

"Acho que o presidente protegeu os seus", diz Cacá Leão ao criticar a reforma da Previdência para militares

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Na avaliação de Cacá, ainda causa engasgos na montagem da base de sustentação ao texto  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 22/03/2019, às 06h32   Eliezer Santos


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O adiamento na indicação do nome para a relatoria da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados aumentou a inquietude de parlamentares com articuladores do Palácio do Planalto na Casa.

O anúncio deveria sair nesta quinta-feira (21), mas lideranças do PSL na Câmara  admitiram que aguardam explicações do ministro Paulo Guedes quanto ao modelo de reforma proposto aos militares, que só renderá economia de R$ 10 bilhões - correspondente a apenas 1% do total que o governo estima enxugar com a reforma.

"O governo não procurou a gente para discutir a relatoria da CCJ que vai tratar da constitucionalidade da matéria. [...] O governo ainda está batendo cabeça na articulação", relatou o deputado federal Cacá Leão (PP-BA), durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta.

"Acho que o modelo apresentado não é ideal, é uma reforma muito dura. Mexe na vida das pessoas que mais precisam da Previdência e faz um carinho na reforma dos militares. Só gera 1% de economia. Essa conta não vai fechar. Acho que o presidente protegeu os seus", atacou Cacá Leão.

Apesar de gestos públicos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em favor da tramitação da matéria, o governo do presidente Jair Bolsonaro, na avaliação de Cacá, ainda causa engasgos na montagem da base de sustentação ao texto.

"A gente vai apagando incêndio toda vez que vai surgindo. Não é o melhor modelo. [...] O governo precisa definir suas prioridades", comentou, ao citar os pedidos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para colocar o pacote anticrime em discussão paralelamente à Reforma da Previdência.

O pepista baiano também criticou a postura de novos deputados que foram eleitos com a retórica de apoio à operação Lava Jato e ataques ao sistema político.

"A própria política tem criminalizado a política. Hoje a gente tem um grupo de novos políticos, eleitos nas redes sociais que se acham acima do bem e do mal".

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