Salvador

Valor de impasse entre prefeitura e empresa de ônibus é de R$ 16 milhões, diz presidente do sindicato

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Categoria fez uma greve nas primeiras horas da manhã  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/ Bnews

Publicado em 19/04/2021, às 09h18   Luiz F. Fernandez e Nilson Marinho


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O motivo do impasse entre a prefeitura de Salvador e a Concessionária Salvador Norte é uma quantia de R$ 16 milhões, valor que ajudaria a pagar todos os rodoviários demitidos da empresa após o rompimento do contrato com a gestão municipal em março deste ano. 

De acordo com o vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira, a prefeitura quis arcar com o valor da dívida, mas com a condição de que a CSN renunciasse os processos movidos contra a gestão. O valor inicial apresentado pela prefeitura foi de R$ 36 milhões, quantia que foi reduzida para R$ 20 milhões, após a negativa da CSN.

“É preciso resolver o acordo com os trabalhadores e a prefeitura faz parte disso porque ela fez a contratação [da CSN] em regime especial. Hoje, nosso jurídico avalia que tanto a prefeitura, quanto a empresa, são sucessores desse passivo dos trabalhadores. Tem que haver um entendimento entre essas duas partes para a gente homologar o acordo e evitar uma greve geral por tempo indeterminado”, disse o presidente do sindicato.

“A prefeitura tem um crédito de compensação de R$ 20,6 milhões, já a CSN disponibiliza um patrimônio de R$ 60 mil em garagens, mas ainda falta R$ 16 milhões que era o acordo inicial. A prefeitura propõe colocar R$ 36 milhões, mas com algumas exigências, como a de que a CSN renunciasse os processos contra a gestão. A empresa não aceitou e o acordo foi emperrado e tem um déficit de R$ 16 milhões", completa Hélio.

Mais cedo, durante entrevista à TV Bahia, o secretário de Mobilidade Urbana da cidade, Fabrízzio Müller, disse que o pagamento da rescisão dos trabalhadores não deve ser condicionado apenas ao repasse da prefeitura. 

“A prefeitura funciona apenas como mediadora, a obrigação de pagamento das verbas rescisórias é exclusiva da empresa contratante. A prefeitura se dispõe, inclusive, a levantar eventuais créditos que possam haver, porém, mesmo havendo créditos, o pagamento dos rodoviários não pode ser condicionado a isso”, disse o gestor. 

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