Mundo

Animal microscópico volta à vida após 24 mil anos congelado e ainda consegue se reproduzir na Sibéria

Michael Plewka
Bnews - Divulgação Michael Plewka

Publicado em 08/06/2021, às 08h12   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Um animal microscópico chamado rotífero bdeloide voltou à vida após permanecer congelado por 24 mil anos no permafrost da Sibéria e, posteriormente, conseguiu se reproduzir assexuadamente. A informação foi divulgada por uma equipe de cientistas russos na segunda-feira (7).

O coautor de um artigo na revista Current Biology, Stas Malavin, disse à AFP que a descoberta levanta questões intrigantes sobre quais mecanismos o animal multicelular usou para suportar seu longo descanso.

“Nosso relatório é a prova mais concreta até o momento de que animais multicelulares podem suportar dezenas de milhares de anos em criptobiose, o estado de metabolismo quase completamente interrompido”, explicou Malavin, do Instituto de Problemas Físico-Químicos e Biológicos em Ciências do Solo, localizado em Pushchino, Rússia.

De acordo com a agência de notícias, a equipe de pesquisa usou uma plataforma de perfuração para coletar amostras do núcleo do rio Alazeya, no Ártico russo, e então usou datação por radiocarbono para determinar que a idade do espécime estava entre 23.960 e 24.485 anos.

Eles já haviam identificado micróbios unicelulares capazes de feitos semelhantes. Na ciência, em termos de organismos multicelulares, houve um relato de um verme nematoide de 30 mil anos que voltou à vida, e musgos e algumas plantas também se regeneraram após milhares de anos no gelo.

Os rotíferos agora podem ser adicionados à lista de organismos que aparentemente podem sobreviver indefinidamente, disse Malavin. “Podemos usar este organismo como modelo para estudar a sobrevivência por congelamento e a sobrevivência por secagem neste grupo, e comparar este grupo com outros animais resistentes, como tardígrados, nematoides, etc”, acrescentou Malavin.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp