Salvador

“Está na hora do poder público olhar o transporte como essencial”, diz Fábio Primo

Dinaldo Silva/BNews
Paralização ocorreu até às oito da manhã desta segunda (19)  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 19/04/2021, às 08h55   Luiz Felipe Fernandez e Brenda Viana


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Desde às 4 horas da manhã desta segunda-feira (19) que os ônibus em Salvador estão sem circular devido à paralisação dos mesmos em prol de uma definição da situação em que os rodoviários vivem na capital baiana. Além do pedido de indenização dos trabalhadores, os rodoviários pedem para serem incluídos para receber a vacina, já que boa parte estão na linha de frente.


Para Fábio Primo, vice presidente do sindicato, a categoria deveria ter um olhar mais atento por parte da prefeitura e afirma que não entende o valor alto da passagem na capital baiana. “Olha, é uma passagem muito cara em Salvador, eu não consigo entender dessa forma, mas a gente entende também que no resto do país quase todo país existe subsídio, o sistema de transporte. Está na hora do poder público olhar o transporte como essencial, só tem essencialidade pra rodar, mas ele não vê a gente com uma essencialidade de poder público”, comentou ao BNews

Além disso, Primo reforça o que a categoria pede, também, nessa paralisação: a vacina. Os rodoviários não estão incluídos no grupo prioritário para receber a imunização em Salvador.  "Já passou da hora dos rodoviários, tá enquadrado como prioridade no grupo de vacina, até porque existe um projeto de lei aprovado pelo vereador Ferreira e sancionado pela gestão anterior o ex-prefeito ACM Neto. Então, já passou da hora de nós, rodoviários, termos vacinado contra o COVID, estamos na linha de frente”, comentou.


Ele diz que se não chegar a nenhum acordo, a categoria vai realizar uma greve geral, o que pode ser prejudicial para a capital baiana. “É estamos fazendo essa paralisação hoje aqui, iremos correr a partir de hoje os ritos legais pra gente fazer uma greve em Salvador, é por tempo indeterminado, iremos parar tudo nessa greve, inclusive o sistema complementar também”, disse.

Ele ainda alfineta a prefeitura e empresários em relação à situação. “Então, a gente espera que até lá esse problema, já se tenha resolvido, que o prefeito e os sócios do CSN se desbussem na mesa, tire suas vaidades, coloque do lado pra que a cidade não sofra, porque a gente tá vendo uma paralisação até oito horas da manhã com uma cidade só. Imagine vocês numa greve”, finalizou.

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