Salvador

Mulher acusada de roubo em loja relata medo de retornar ao Shopping

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A acusação aconteceu na tarde desta quarta (05)  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 06/05/2021, às 15h01   Brenda Viana


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Na tarde desta quarta (05), Cárita Aquino teria sido acusada de ter roubado um produto por uma funcionária de uma loja de cosméticos dentro de um shopping de Salvador. Ela alega que a gerente estava convicta do sumiço do produto, mas, segundo a contadora, ela teria colocado apenas o aparelho celular dentro da bolsa.

"Eu estava com o meu celular olhando um produto que eu tinha tirado foto no meu aparelho e, como a loja estava cheia porque é período do Dia das Mães, resolvi sair e retornar outra hora. Nesse momento, a funcionária me convidou para retornar à loja e eu disse que não tinha mais interesse, eu não tinha mais tempo para esperar. Ela perguntou se eu ia pagar no débito ou no crédito, e eu, na inocência, respondi qual seria a forma de pagamento e ela falou que está se referindo ao produto que estava em minha bolsa", comentou durante entrevista ao Balanço Geral desta quinta (06). 

Por conta da suposta acusação, Karen começou a gravar a situação e relatou, no vídeo, todo o processo. Ela pediu para a funcionária olhar dentro da bolsa, mas a gerente não fez a vistoria e chamou o segurança do shopping para realizar a ação. Observando que ambos não iriam resolver o problema, a contadora jogou todo o conteúdo da bolsa no chão e mostra que, de fato, não cometeu o furto do produto.

Para o advogado criminalista, Oto Lopes, a acusação da gerente da loja pode ser caracterizada como prática de calúnia. "Ela está abalada e não consegue mais frequentar o shopping, não consegue mais comprar na loja. Acabou perdendo a sua honra, sendo assim, acabou acontecendo o crime de injúria na sua forma específica", explicou. 

O vídeo, no entanto, para o advogado, foi essencial para mostrar que não houve roubo. "A gravação foi por segurança, porque a vítima, por conta dessa acusação injusta, tendo que ela não cometeu crime, jogou os pertences no chão e em nenhum momento a loja se retratou e nem o shopping procurou se retratar e gerou um desdenho e o que agrava a apuração que está vinculada aos meios de propagação. Isso cabe, também, a danos morais e pode pegar essa sentença que vai virar um título judicial e executar requerendo danos morais sobre esse valor".


Karen ainda explica que, até o momento, nem a loja, muito menos a gerente, a procurou para fazer a retratação da acusação. "Após a ocorrência, que retirei tudo e caiu no chão, a gerente não falou nada, não me disse nada e eu esperava que ela viesse a se retratar, se desculpando pelo mal-entendido, 'senhora, desculpa pelo que aconteceu', mas ela não falou nada, simplesmente eu catei as coisas da minha bolsa colocando de volta dentro dela e me retirei. Eu fiquei andando pelo shopping sem nem ter o que fazer", explicou. 

A vítima afirmou que foi orientada a ir até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e, em seguida, entrar com uma ação contra o estabelecimento.

A contadora lamenta o ocorrido e segue abalada psicologicamente com toda a situação, pois, segundo ela, nunca passou por algo parecido. " É um ambiente que eu frequento constantemente, porque almoço todos os dias aqui no shopping, eu trabalho próximo e, infelizmente, eu não tenho mais condições de retornar. As cenas passam por segundos na minha mente, tudo que eu vivi".

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