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Feira: Na reta final, candidatos brigam por votos do eleitorado conservador e religioso

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Postulantes apostam todas as fichas às vésperas do segundo turno  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Subaé

Publicado em 28/11/2020, às 23h45   Luiz Felipe Fernandez


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Na reta final da campanha eleitoral em Feira de Santana, os candidatos Colbert Martins Filho (MDB)  e Zé Neto tentam alavancar os votos se aproximando do eleitorado religioso e mais conservador na cidade. Após circular uma notícia falsa de que o petista fecharia templos religiosos caso fosse eleito, o governador Rui Costa (PT) tratou de se encontrar com o arcebispo católico de Feira, Dom Zanoni Demettino, em visita à cidade participar de carreata. 

Do outro lado, Colbert tenta garantir a preferência dos evangélicos. Uma das ideias é absorver votos que foram divididos entre as candidaturas de José de Arimateia (Republicanos) e Dayane Pimentel (PSL). Mesmo com o apoio a Zé Neto (PT),  a deputada federal não deve convencer o seu eleitorado de fazer o mesmo, já que foi eleita, principalmente, sob um discurso pautado no antipetismo.     

Já no caso do republicano, a tendência é de que o seu eleitorado opte por endossar o seu apoio a Colbert, chancelado pelo deputado, pastor e líder do partido, Márcio Marinho. Outro nome forte entre os evangélicos, o também pastor e deputado federal Abílio Santana manifestou o seu apoio ao emedebista.

Atrás nas pesquisas, Colbert não se arriscou a participar da carreata neste sábado (28), puxada pelo deputado Igor Kannário (DEM). O ato passou por bairros populares, onde o Príncipe do Gueto esbanja popularidade.  A ausência de Colbert é um indicativo de que ele evitou ter a imagem associada diretamente ao pagodeiro, com perfil polêmico e que desagrada os mais conservadores.

Na cidade, a sensação é que nos últimos dias o emedebista ganhou força nas ruas e os apoiadores acreditam realmente em uma virada no 2° turno. Além da diferença não ser tão grande, trabalham com a hipótese de Zé Neto ter atingido o “teto” e ser incapaz de crescer. Outro alento é o alto número de abstenção no 1° turno, que caso não se repita, pode mudar totalmente o cenário.

Conta a favor de Zé Neto a sua popularidade entre mais pobres e o apoio do deputado cassado Targino Machado (DEM), que rompeu com o grupo de José Ronaldo (DEM), e que tem prestígio entre as classes A e B. Inclusive, a militância de pessoas que antes não costumavam ir às ruas, supreendeu muitos feirenses.

É unânime também que a hegemonia nos últimos anos não despertava tanto interesse quanto o pleito de 2020, que promete ser disputado voto a voto.

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*Repórter enviado a Feira de Santana para cobertura do segundo turno

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