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Dois de Julho: relação entre os hinos ao Senhor do Bonfim e Independência da Bahia

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BNews conta as história por trás dos hinos  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 02/07/2018, às 02h46   Redação BNews


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2 de Julho. Data importante para o estado da Bahia, que marcou a luta dos baianos contra tropas portuguesas, em 1823. Nesta época, para simbolizar a importância da data, foi criado o canto que exalta batalhas como as de Cabrito e Pirajá. O Hino da Bahia.

Mas, o também chamado Hino ao 2 de Julho, não foi o canto oficial daquela época. O outro Hino, chamado de “ao Senhor do Bonfim”, criado em 1923, comemorou os 100 anos da data e desempenhou este papel de hino oficial até 2010, quando o então governador Jaques Wagner sancionou a lei estadual que tornou o hino oficial do estado. 

Até hoje, essa diferença entre os dois hinos permeia pelo conhecimento dos baianos. Algumas pessoas ainda associam o Hino ao Senhor do Bonfim, ao 2 de Julho. Para melhor entender, o BNews vai contar a história por trás da composição, letra e contexto dos cantos. 

O Hino ao 2 de Julho

Este canto tem sua letra composta por Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto. O Hino se refere a batalhas como as de Cabrito e Pirajá nas quais, com o sangue baiano, foi conquistada a independência do estado e consolidada a independência do país.

Embora a Independência do Brasil já houvesse sido declarada em 7 de setembro de 1822, os baianos tiveram que continuar a luta até a completa evacuação das tropas.

O Hino ao Senhor do Bonfim 

O Hino ao Senhor do Bonfim é de autoria de Arthur de Salles e João Antônio Wanderley, e alusivas à Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador. A letra e música foram compostas para a comemoração do centenário da Independência da Bahia, como citado no início da matéria. 

Segundo o historiador e compositor Ladislau dos Santos Titara, à época, a imagem do Senhor do Bonfim havia sido tomada pelas tropas portuguesas e, logo após a vitória, foi restituída ao templo original, ainda em 1823, em cortejo popular, tradicional até hoje na Cidade Baixa, na capital baiana.

Por isto, atualmente, o hino da Igreja do Bonfim, é associado ao 2 de Julho. Confira abaixo as letras e músicas dos dois cantos. 

Hino ao 2 de Julho (Independência do Estado da Bahia)

Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol é brasileiro

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações
Com tiranos não combinam

Brasileiros, brasileiros corações                                                                    

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender
O Brasil já tem jurado
Independência, independência ou morrer

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações

Salve, oh! Rei das campinas
De cabrito e pirajá
Nossa pátria hoje livre
Dos tiranos, dos tiranos não será

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações

Nunca mais, nunca mais o despotismo
Regerá, regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações
Com tiranos não combinam
Brasileiros, brasileiros corações

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Hino do Senhor do Bonfim

Glória a ti neste dia de glória
Glória a ti, redentor, que há cem anos
Nossos pais conduziste à vitória
Pelos mares e campos baianos

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Glória a ti nessa altura sagrada
És o eterno farol, és o guia
És, senhor, sentinela avançada
És a guarda imortal da Bahia

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Aos teus pés que nos deste o direito
Aos teus pés que nos deste a verdade
Canta e exulta num férvido preito
A alma em festa da tua cidade

Desta sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Classificação Indicativa: Livre

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