Acidente

Mulher é atropelada por empilhadeira no Atacadão Centro-Sul

Imagem Mulher é atropelada por empilhadeira no Atacadão Centro-Sul
Ela quer R$ 25 mil, estabelecimento diz que valor é abusivo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/03/2014, às 06h38   Priscila Chammas


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A professora Liege Fedulo Leal Araújo trava uma batalha contra o supermercado Atacadão Centro-Sul, na Calçada, após ter sido atropelada por uma empilhadeira em um dos corredores. Ela conta que o equipamento que fazia reposição de produtos passou por cima do dedo mindinho do seu pé enquanto ela fazia compras. "Teve uma fratura e, dependendo da evolução do ferimento, corro o risco de perder o dedo", queixa-se.  O acidente ocorreu na terça-feira passada (11).



Segundo a professora, o estabelecimento não prestou nenhuma assistência após o acidente e está se recusando a pagar seus custos.  O mercado, por sua vez, diz que prestou assistência sim, e que a cliente estaria se aproveitando do fato e pedindo um valor abusivo. A acidentada pede R$ 25 mil, que seriam referentes a gastos que terá por conta do dedo machucado.

"A lista inclui R$ 900 por mês para uma diarista, R$ 400 por mês para colocar o filho em período integral na escola, R$ 1,5 mil de uma fábrica caseira de bolo que ela nem tem ainda, mas que ia abrir e não vai mais poder, R$ 2 mil de um contrato com o estado que ela ia assinar e não vai mais poder....", enumerou o gerente André Luis Teixeira Rey. Segundo ele, os pedidos estão "fora da realidade" e o supermercado não tem condições de arcar.

"Somos um supermercado popular, temos uma margem de lucro baixa. Não está sobrando", diz ele, que se diz aberto para negociar. 



Liege, por sua vez, justifica que terá que ficar de repouso absoluto por conta do dedo e que, por isso, solicitou a diarista e o período integral para o filho. A lista também inclui despesas extras com tratamento e medicamentos, já que seu plano de saúde é de co-participação e, a cada atendimento, ela precisa pagar 30% do valor.

Liege também reclama de ter sido colocada em um transporte clandestino e levada até o hospital. "Quando cheguei lá, que perguntei onde estava o pessoal do mercado, não tinha ninguém, me enfiaram num carro qualquer e me despacharam". Sobre isso, o gerente diz que o veículo faz parte de uma cooperativa que já trabalha no mercado há muito tempo. "Esses carros não têm vínculo com o mercado, mas atendem nossos clientes há muito tempo, fazendo frete", explicou. Ele também disse que prestou toda a assistência à cliente. 

Sobre o acidente em si, André lamentou e disse que foi uma fatalidade. "Tomamos todos os cuidados para que não aconteça, mas às vezes foge ao controle".  


Publicada no dia 17 de março de 2014, às 12h

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