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Eu apoio o tratamento precoce

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Bnews - Divulgação

Publicado em 08/03/2021, às 05h30   Victor Pinto


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Vejamos: estamos passando por um momento de loucura. Sério. Pare e pense. Não reconhecer o cenário que estamos vivenciando agora é a cegueira instituída. Nem os mais cegos dos cegos de ‘Ensaio Sobre a Cegueira’, de Saramago, deixariam de reconhecer o que estamos vendo a olho nu nos ataques sociais, democráticos e, principalmente, os sanitários. Tem que ter tratamento precoce anti cegueira política e partidária, de ambos os campos. 

Viramos um grande leito de UTI. Os negacionistas negam o vírus, negam a máscara, se contraem, se curam - os que conseguem essa proeza -, alegam que estão imunizados, mas quero só ver quando chegar a hora se vão se furtar de serem vacinados. 

A barbárie volta aos discursos, nas ações e métodos. O Brasil se fecha numa redoma, em uma ilha perante todo o mundo. A falta de postura e coordenação da União com compromisso da saúde, um dos pilares da nossa aclamada Constituição Federal - principalmente pelos que se dizem extremamente patriotas -, que vê seus cidadãos se definhando por um vírus corrosivo que dilacera os pulmões. 

E dilacerando a saúde, se dilacera a economia, que dilacera a educação, que dilacera a segurança… 
Vocês já perceberam como o tempo tem passado mais rápido que o habitual? Seja pelo nosso excesso de informações e compromissos, seja pelo simples nascer e pôr do sol. Os próprios cientistas confirmam que a Terra, que não é plana, tem girado mais rápido. Seria uma ironia e um empurrãozinho do destino? 

Diante desse cenário, 2022 já se avizinha. Um ano importante. Se 2018 foi o ano dos extremos, como assim muitos batizaram, o próximo será o ano do antídoto, mas enquanto isso não vem, eu apoio o tratamento precoce. Sim. Precoce no sentido dos remédios dos esclarecimentos, do cair na real, do comparar a atuação entre países, apesar de cada um carregar sua peculiaridade. Enfim, que se faça luz onde há involução (MATA, Vanessa). 

A culpa do não se posicionar eu não carrego. Nas minhas leituras, deparei-me em 'Inferno', livro escrito por Dan Brown, em uma referência creditada a Dante Alighieri, mas nunca registrada como sua, pelo menos não em 'A Divina Comédia', da seguinte passagem: “Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral”. Para atual crise sanitária: vacina. Para a crise moral: tratamento precoce de realidade. 

Para quem nega o vírus, pode negar também sua vaga em leitos de UTI e as doses das vacinas. O ideal é fazer a arminha com as duas mãos que passa.

Victor Pinto é editor do BNews e âncora do programa BNews Agora na rádio Piatã FM. É jornalista formado pela Ufba, especialista em gestão de empresas em radiodifusão e estudante de Direito da Ucsal. Atua na cobertura jornalística e na área administrativa de rádios em Salvador. 

Twitter: @victordojornal

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