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Salvador Fest abocanha quase R$ 320 mil do Fazcultura

Imagem Salvador Fest abocanha quase R$ 320 mil do Fazcultura
Ainda assim, ingressos variam de R$ 35 a R$ 300  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/06/2012, às 17h03   Rafael Albuquerque - @rafaelteescuta


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O Salvador Fest, tradicional evento de pagode que acontece há muitos anos na capital baiana, está marcado para acontecer no dia 15 de julho. A festa conta com uma grade recheada de atrações como Parangolé, Chiclete com Banana, Tomate, Belo, Sorriso Maroto e Harmonia do Samba, além de um patrocínio de R$ 318.752,00 do Fazcultura, Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural da secretaria da Cultura, divulgado pelo Diário Oficial do Estado. Muito se fala nesse “apoio”, que a nível nacional fica por conta da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Muito se fala com relação aos critérios utilizados para a aprovação do referido evento, que foi reprovado em 2010 no mesmo Programa. Ao contrário do foco que muita gente dá ao assunto, criticando o patrocínio a evento de pagode, não entramos no mérito da qualidade musical das atrações ou do que é ou não cultura e, consequentemente, seria ou não suscetível ao tal patrocínio.

O grande problema, e que deixa a sociedade estarrecida, é que mesmo com o valor aprovado, que representa 80% do valor do projeto, os ingressos variam de R$ 35 a R$ 300. Se o objetivo da Secult viabilizar o acesso da população a cultura, o tiro, desta forma, sai pela culatra. O que se espera de um evento que abocanha quase R$ 320 mil do governo é que os ingressos sejam realmente a preços populares. Outro ponto agravante é que a verba é pública e vai pagar cachê de bandas como A Bronkka, Black Style e New Hit, que de acordo com a Lei Antibaixaria, por terem músicas que depreciam as mulheres, estariam impedidas de serem pagas com verba pública. A assessoria da Salvador Produções, que realiza o evento, foi procurada pela reportagem do Bocão News e não deu retorno até o fechamento desta matéria. 

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