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Travessia do medo: usuários relatam insegurança em passarela da rodoviária

Publicado em 15/02/2017, às 16h52   Diego Vieira


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Passarela liga o Terminal Rodoviário de Salvador à estação do metrô e ao Shopping da Bahia
Quem costuma frequentar a região do Terminal Rodoviário de Salvador com certeza já precisou atravessar a passarela que liga a rodoviária ao Shopping da Bahia. Além do centro de compras e do terminal de ônibus, a região, que passou a ser chamada de Iguatemi, abriga uma estação do metrô e diversos prédios empresariais, o que torna o local um dos mais movimentados da capital baiana. 

No meio de tanta gente que passa diariamente pelo local, a passarela é o principal meio para se locomer de um lugar a outro. No entanto, quem passa por ela revela a sensação de insegurança. "Estou aqui todos os dias e ando sempre atenta. Não me sinto bem passando nessa passarela. Já ouvi e já vi muitos relatos de assaltos aqui", revelou uma vendedora ambulante que não quis se identificar
Na última quarta-feira (8), um homem foi preso após estuprar uma mulher na passarela. Na ocasião, o criminoso correu em direção ao terminal rodoviário e entrou na sala vip de uma empresa de ônibus. Houve correria e pânico no local. Tiros foram ouvidos e alguns passageiros chegaram a se esconder dentro dos banheiros da rodoviária.
Após o episódio, leitores do Bocão News também mencionaram a sensação do medo ao atravessarem a passarela. A insegurança foi relatada nos comentários publicados pelos seguidores nas redes sociais. Veja:
O equipamento que passa por reforma desde a implantação da estação do metrô conta atualmente com uma estrutura temporária. Segundo os usuários, o modelo provisório instalado facilita a ação dos criminosos que agem no local mesmo com a presença de seguranças. "Isso aqui é um verdadeiro labirinto. Os seguranças só ficam na parte principal da passarela. Nunca vi nenhum segurança na parte provisória que é bastante estreita e fechada. Quem passa lá embaixo não ver o que está acontecendo em cima e de noite a situação é ainda pior", disse uma vendedora que trabalha no shopping e utiliza a passarela todos os dias.
Presença de vigilantes não inibe a ação dos criminosos
A reportagem entrou em contato com a CCR Metrô Bahia, responsável pela vigilância em parte da passarela, que informou a presença de dez vigilantes contratados atuando no local, com foco na garantia da livre circulação dos passageiros do metrô. De acordo com a concessionária, o estupro aconteceu fora da área de atuação dos vigilantes. 
Referente a estrutura provisória, a CCR informou que a passarela definitiva será concluída no segundo semestre deste ano e terá monitoramento contínuo com 28 câmeras e o dobro da largura da estrutura atual.
Usuários reclamam da estrutura provisória da passarela
Já a Polícia Militar informou que tem intensificado o policiamento na região da passarela, realizando rondas e abordagens com viaturas, motos e policiamento a pé. Ainda segundo a PM, os policiais atuam tanto nas passarelas como nas regiões externas como pontos de ônibus.
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