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Agronegócio aumenta poder de compra de produtores e consumo de luxo cresce em cidades do interior

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Produtores de grãos devem puxar a expansão da renda, com faturamento de R$ 594,1 bilhões, alta de 68% ante o ano anterior  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 12/07/2021, às 09h50   Redação BNews


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A receita agrícola com a produção de grãos e culturas perenes deve chegar a R$ 787,9 bilhões em 2021 – um salto de 53% sobre 2020, de acordo com projeções da consultoria MacroSector publicadas no jornal 'Estadão'. Com isso, os produtores de grãos devem puxar a expansão da renda, com faturamento de R$ 594,1 bilhões, alta de 68% ante o ano anterior.

A riqueza extra se reflete no aumento das vendas de carros, aviões e também no varejo por parte dos produtores. O desempenho do comércio de janeiro a maio em todo o País foi de alta de 7,2% sobre igual período do ano passado, segundo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Já nos pólos do agronegócio, segundo o jornal, a alta foi de mais de 18%. Além disso, o desempenho das vendas de veículos também é bem superior à média nacional nas principais cidades do setor agrícola. Essa prosperidade ainda se reflete no comércio de luxo e na venda de jatos executivos.

Como consequência desse enriquecimento, cresceu também os emplacamentos de carros de luxo – como Audi, Mercedes, BMW, Land Rover – em duas “áreas operacionais” de Mato Grosso e Cuiabá. 

De acordo com o consultor de marcas de luxo, Carlos Ferreirinha, ex-presidente da Louis Vuitton no País, a geração de renda do agronegócio respondeu por mais de 65% do crescimento do setor no País nos últimos seis anos. “O impacto positivo não fica restrito às regiões produtoras, uma vez que os agricultores têm um segundo endereço em grandes cidades”, afirmou ao Estadão.

Ainda segundo a publicação, áreas de alta renda dos bancos perceberam a tendência e têm voltado sua atenção aos endinheirados do interior, com mais de R$ 3 milhões para investir. 

As vendas nacionais nominais (sem descontar inflação) recuaram 10,4% em 2020, efeito do baque da covid-19. Já as 20 cidades líderes da produção agropecuária tiveram alta de 6,2% em relação a 2019. A diferença se manteve em 2021, com alta acumulada de 7,2% até maio, na média nacional, ante salto de 18,4% nos municípios agrícolas.

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