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Agropecuária corresponde a quase metade das exportações da Bahia

Agropecuária tem importante participação no crescimento econômico da Bahia - Divulgação/Seagri
O setor da agropecuária é responsável por empregar 1/3 da população ativa no estado  |   Bnews - Divulgação Agropecuária tem importante participação no crescimento econômico da Bahia - Divulgação/Seagri

Publicado em 25/12/2021, às 10h00   Redação BNews


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O crescimento econômico da Bahia tem grande influência da agropecuária, que representa cerca de 25% do PIB do estado, empregando 1/3 da população ativa e sendo responsável por aproximadamente 50% das exportações do estado.

Em 2021, houve crescimento de produção de diversos produtos, como soja, algodão, leite, ovos, carne de frango, manga, uva, batata inglesa, dentre outros.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) também distribuiu, em 2021, mais de mil máquinas, equipamentos e implementos agrícolas para associações, prefeituras e consórcios de desenvolvimento. O investimento, da ordem de R$40 milhões, vem de emendas parlamentares, com contrapartida do Governo do Estado.

Os recursos são utilizados para recuperação e manutenção de estradas vicinais, fundamentais para o escoamento da produção agrícola adequadamente. A melhor condição das estradas rurais também beneficia as comunidades de várias outras maneiras, possibilitando um melhor acesso dos ônibus escolares, facilitando o deslocamento das populações para ações de saúde, trabalho, lazer e demais atividades. As máquinas ainda são utilizadas em projetos de famílias agrícolas, facilitando o cultivo da terra por parte dos trabalhadores rurais, criando empregos e aumentando a renda das famílias.

O secretário Estadual da Agricultura, João Carlos Oliveira, explica que referente ao planejamento estrutural, o Governo do Estado vem viabilizando projetos que vão beneficiar diretamente o agronegócio, a exemplo da Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL (EF-334) e do Porto Sul, em Ilhéus. A FIOL tem extensão de 1.527 quilômetros e quando concluída irá ligar o Porto Sul (Ilhéus, BA) à Figueirópolis (TO), passando por cidades baianas como Caetité, Tanhaçu e Barreiras, dentre outras. Já o Porto Sul será o destino de diversos produtos da Bahia que, a partir do porto, poderão ser distribuídos para outros estados e países.

Ele também destaca outra iniciativa importante, que é a recuperação do Anel da Soja, que compreende a BA-450 / BA-460/ BA-463. O total de extensão a ser requalificada é de 337,93 quilômetros. Trata-se de um dos principais corredores viários para o escoamento da produção agrícola do Oeste da Bahia. Pela rodovia passam, principalmente, soja, milho, feijão, algodão e outros commodities produzidos na região. Além do Anel da Soja, o Governo do Estado também anunciou obras em duas outras estradas muito importantes para o agronegócio: a de São Desidério a Roda Velha e a de Barreiras a Catolândia. O valor total de investimentos nessas estradas é de R$120 milhões.

PLANTIOS

Sobre plantios, o estado passou a ter a maior produtividade de soja do país, segundo dados do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA). A produção na Bahia, em 2021, chegou a 67 sacas/hectare, com viés de alta. Isso representa aumento de 7,5% com relação ao ciclo passado, quando se chegou a 62 sacas/hectare. E mais, a produtividade no ciclo 2020/21 foi também maior do que a aferida em 2017/18, “período até então celebrado como o melhor de todos os tempos para a soja baiana, quando a produtividade cravou as 66 sacas/hectare. A isso se soma o entusiasmo com as áreas plantadas de soja no Oeste da Bahia, com grande produtividade e expectativa de aumento de áreas plantadas”, comemora o titular da pasta da Seagri, João Carlos Oliveira.

Tratando agora de fruticultura, a atividade, no Vale do São Francisco (compreendendo os estados da Bahia e Pernambuco), é responsável pela produção de um milhão de toneladas de frutas por ano. A Bahia ocupa o 2º lugar na produção de frutas frescas produzidas no país, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport) apresentam um faturamento anual em torno de R$ 2 bilhões somente com a produção de manga e uva, sendo que, desse valor, R$ 440 milhões são relativos aos frutos destinados à exportação. A manga segue sendo a principal fruta destinada ao mercado externo.

O fruto produzido na região atende entre 85 e 90% da demanda de exportação no país. Quando o assunto é geração de empregos, os números também não são modestos, já que na fruticultura do Submédio São Francisco são gerados 250 mil empregos diretos e outros 950 mil indiretos. Ainda conforme informações da Valexport, nessa área atuam cerca de três mil produtores.

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