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Cacau chega ao valor mais caro em Nova York; preço pode subir ainda mais

Tomaz Silva/Agência Brasil
Preços do cacau atingiram novo recorde na bolsa  |   Bnews - Divulgação Tomaz Silva/Agência Brasil

Publicado em 20/01/2024, às 09h01   Cadastrado por Beatriz Araújo


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Considerado a principal matéria-prima do chocolate, o cacau chegou ao valor mais caro em Nova York. Isso porque, nesta sexta-feira (19), os preços da amêndoa atingiram um novo recorde na bolsa nova-iorquina. Ao mesmo tempo, os contratos do cacau subiram pela oitava sessão consecutiva, chegando a custar US$ 4.583 a tonelada, o que representa uma elevação de 2,80%.

Apesar dos problemas identificados na oferta da Costa do Marfim, considerado o maior produtor mundial do fruto, a demanda pelo cacau segue acelerada, fator que reflete no impedimento de um recuo dos futuros preços da amêndoa.

De acordo com Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX, os fundamentos em termos de oferta restrita do cacau “são muito sólidos neste momento”. Além disso, o consultor informou, em entrevista ao Globo Rural, que a alta nos valores do fruto “não se resolverão de um ano para o outro” e “pode se estender por muito mais tempo”.

Ainda segundo Rossetti, o preço do cacau pode chegar a diminuir, caso a demanda pelo fruto venha a ceder. Por outro lado, os dados de moagem da amêndoa diminuem a probabilidade dessa queda acontecer.

Já na Europa, quando comparado com a moagem de 2022, o processamento de cacau fechou o terceiro trimestre de 2023 com recuo de 2,3%. Conforme apontavam a estimativa de analistas, no entanto, era prevista uma queda de até 5%. Na América do Norte, a moagem caiu cerca de 3%, percentual muito diferente do esperado pelo mercado, que até então era de 10%.

Para Rossetti, “esses números deram um novo gás para os fundos, que vão continuar comprados e especulando sobre novos recordes nos contratos futuros”.

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