BNews Agro

Café lidera onda de altas agrícolas na bolsa de Nova York

Pixabay
No Brasil, o consumo do café segue firme, mesmo com o aumento da participação de conilon na mistura para uma faixa entre 75% e 80%  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 31/10/2022, às 18h20   Camila Vieira



As “soft commodities” agrícolas subiram na bolsa de Nova York nesta segunda-feira (31). O café arábica liderou a onda de altas, com os contratos para dezembro avançando 3,98%, para US$ 1,7655 por libra-peso, após 13 pregões em queda. Os papéis de segunda posição, para março do ano que vem, chegaram a US$ 1,735 por libra-peso, uma alta diária de 3,43%.  No Brasil, o consumo da bebida segue firme, mesmo com o aumento da participação de conilon na mistura para uma faixa entre 75% e 80% — um ano antes, o intervalo era de 50% a 60%.

Especialista no mercado de café, Eduardo Carvalhaes, lembra que a longa sequência de baixas que atingiu o arábica em cheio refletiu as incertezas que rondam o mercado financeiro e ganhou força com as perspectivas favoráveis à próxima safra brasileira do grão.“Claro que florada não é fruto, mas é muito importante, porque sinaliza condições de uma boa safra. O tamanho da produção vai variar com o clima até a colheita, mas os especuladores veem isso e começam a considerar um alívio na oferta”, disse Carvalhaes, reforçando que a disponibilidade global de café ainda é baixa.

Ele também reforça que, para o cenário positivo se confirmar, será preciso um clima adequado até o fim do verão. “Haverá veranicos que prejudiquem o crescimento dos frutos? Ainda não sabemos. Agrônomos apostam em uma safra boa, mas não recorde, porque as plantas ainda sentem os efeitos climáticos dos últimos dois anos”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags