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Com escassez de profissionais, aviação agrícola quer criar um sistema de “Uber de pilotos”

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Apesar da alta remuneração, a escassez de pilotos agrícolas é marcante no Brasil  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/03/2023, às 10h00   Natane Ramos



Com o crescimento da aviação agrícola no Brasil, a escassez dos profissionais da área apresenta-se como um grande empecilho para o desenvolvimento do setor. A profissão chega a pagar de R$ 70 mil a R$ 400 mil ao ano e, apesar do país possuir a segunda maior frota de aeronaves do mundo, apenas 1,8 mil desses pilotos possuem licença válida.

Para tentar reverter as situação e contatar o máximo de profissionais aptos para a função, o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) deseja implementar uma função semelhante a um sistema de “Uber de aviões", na sua plataforma de compra e venda recém-lançada.

O principal impedimento para a formação de pilotos no Brasil, é toda a burocracia e custo que envolvem o processo de formação dos pilotos agrícolas.

O coordenador da de projetos do Ibravag, Rodrigo Almeida, comentou sobre a dificuldade de formação de pilotos no país.

“Ele precisa ter a licença de piloto comercial e pelo menos 370 horas de voo para entrar no curso de aviação agrícola. Além disso, há poucas escolas de aviação agrícola no país”, explicou Ricardo ao Globo Rural.

Segundo Ricardo, há uma grande demanda por engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas no setor, profissionais que coordenam  todo o processo do plano de aplicação.

“Há agrônomos que não sabem o que é aviação agrícola. Das 500 universidades que oferecem esse curso, dá para contar nos dedos de uma mão as que têm matérias específicas”, relatou Almeida.

O Ibravag está com uma iniciativa de tentar se credenciar junto ao Ministério da Educação para fornecer cursos complementares como uma verdadeira instituição de ensino, tentando assim um crescimento significativo de profissionais na área da aviação agrícola.

“Queremos desmistificar o setor. Nesse sentido, também estamos com o projeto Boas Práticas Aeroagrícolas, no qual investimos R$ 3,4 milhões em parceria com o Sebrae”, comentou.

Segundo Ricardo, menos de um terço da pulverização agrícola é feita com aviões, portanto existe um grande espaço de atuação e crescimento na área.

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