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Com instabilidade climática em todo o Brasil, produtores precisam pensar na gestão da água

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Tecnologias serão cada vez mais importantes para uso racional e preciso da água nas lavouras  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 18/11/2023, às 14h03 - Atualizado às 14h35   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Entre todos os fatores que preocuparam os produtores rurais ao longo desse ano, sem dúvida, o principal deles foi a instabilidade climática. Por isso, com esse problema ocorrendo em todo o Brasil, os agricultores precisam pensar na gestão da água e a tecnologia se configura uma grande aliada nesse processo.

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Enquanto os estados no Sul do país registraram recordes de chuvas, agricultores do Norte e Nordeste amargam uma das secas mais severas das últimas décadas. As regiões mais afetadas foram: Amazonas, Acre, Roraima, Amapá, Rondônia e Pará. Parte do Tocantins também sofre efeitos da seca, assim como áreas do Piauí e Bahia.

A falta de chuvas que já causa grande impacto econômico afetará a agricultura e pecuária nos próximos anos, não só nessas localidades, mas, também em todo o território nacional, o que mostra que é preciso buscar alternativas. Com a natureza não há como medir forças, mas um bom planejamento pode ajudar a classe produtora a contornar todos esses entraves.

Dentre as principais alternativas apontadas aos produtores está a gestão da irrigação, afinal, excesso ou escassez de água certamente irá impactar no desenvolvimento da lavoura. Portanto, porque não reservar a água dos períodos chuvosos e utilizá-las nos momentos de seca por meio da irrigação com pivôs? 

Em um projeto de irrigação, pensar na armazenagem da água é muito importante, principalmente em regiões onde o manancial ou o lençol freático possua alguma limitação ou também em situações onde o rio no qual será feita a captação é mais suscetível a estiagem ou a seca.

Nessas condições aparece a necessidade do reservatório. Independente de estar irrigando ou não, ele servirá como um “pulmão” para a irrigação.

Trazendo para a realidade do dia a dia, é preciso pensar nesse reservatório como a caixa d’água de uma residência. Rotineiramente a casa é abastecida a todo momento pelas empresas responsáveis, contudo, caso haja problema nesse fornecimento por muitas horas as pessoas não são afetadas, pois há essa reserva. O mesmo pode ocorrer em cidades onde já há racionamento do recurso.

“No projeto de irrigação, o reservatório, se bem dimensionado, terá essa importante função”, diz o engenheiro agrônomo Rodrigo Bernardi, especialista em produtos na Lindsay América Latina, empresa representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™.

A definição do tamanho ideal para dimensionar o reservatório vai variar de caso a caso, e é esta a função do projetista, calcular o volume útil necessário do reservatório para que o produtor tenha segurança para enfrentar períodos sem reabastecimento, bem como a sua operação.

Na hora de calcular o volume do reservatório o especialista deve levar em consideração uma série de fatores, assim como a necessidade hídrica da cultura, a evapotranspiração, condições climáticas da região, volume outorgado, etc. Por isso, é necessário um profissional experiente com conhecimento para que o projeto seja bem-feito.

E, ainda, é fundamental que os produtores tenham atenção com a outorga do uso da água. “O agricultor que deseja fazer um projeto de irrigação, deve procurar uma revenda especializada que vai projetar os pivôs e vai determinar qual a vazão que ele precisa, assim como o volume de água adequado que este reservatório vai armazenar.  A Lindsay, por exemplo, tem parceiros no Brasil inteiro. É uma segurança a mais de fornecimento do recurso para os cultivos. Pouco adianta o produtor ter um pivô e não ter água”, diz Bernardi.

Uso sustentável da água

Outra forma de fazer uma boa gestão da água armazenada para que a mesma seja suficiente para atravessar os períodos de seca é por meio da tecnologia, ou seja, usar o recurso na quantidade necessária no local correto. Isso é possível com soluções como o FieldNET. 

A tecnologia de gerenciamento remoto da empresa possibilita monitorar a irrigação em qualquer marca de pivô, aumentando a produtividade e otimizando o uso dos recursos naturais, além de ajudar na economia de energia.

A partir de um acesso a distância, seja por smartphone ou tablet, a ferramenta permite a criação de planos de irrigação de taxa variável, que possibilita, por ângulo, aplicar diferentes lâminas, cria relatórios de uso, monitora o desempenho do pivô e os ganhos em toda a operação. Ela ainda passa atualizações e alertas em tempo real do funcionamento do equipamento.

Segundo Bernardi, com o equipamento, o produtor consegue programar os horários de funcionamento do instrumento. Assim, o pivô vai desligar e religar automaticamente fugindo dos horários onde a cobrança de energia é mais cara.

Outra vantagem é que, ao fazer uma programação, ele vai saber quanto tempo o pivô vai levar para fazer a operação e o sistema fornece isso de forma automática, resultando em um planejamento muito melhor da operação.

Acerto nas decisões

Para facilitar o manejo de irrigação dos produtores ajudando nas tomadas de decisões mais assertivas, o FieldNET Advisor é outra importante solução. A ferramenta, que foi desenvolvida para simplificar as informações, oferece as recomendações de quando, onde e quanto irrigar. Sua vantagem é ser totalmente integrada ao FieldNET, e, em situações como a atual de crise hídrica ou oferta restrita de água, vai contribuir em dois momentos.

O primeiro fornece a recomendação correta, ou seja, vai aplicar realmente a quantidade de água necessária, sem desperdícios, mantendo a umidade do solo apropriada para a planta. Outra possibilidade é programar a ferramenta para operar com uma limitação de oferta, assim o sistema automaticamente vai escolher quais são os melhores momentos para fazer a irrigação, a fim de que a cultura não entre em estresse nos momentos mais sensíveis.

Para isso, a tecnologia do sistema, automaticamente, vai calcular e dividir o quanto há de água disponível ao longo da safra para fazer as irrigações nos momentos mais críticos.

“Em casos de baixa oferta, o sistema já recomenda a irrigação quando realmente torna-se necessário. Assim, haverá a garantia que haverá água suficiente para a lavouras nos momentos mais importantes como florescimento e enchimento de grãos, por exemplo”, destaca o especialista.

“Contudo é importante ressaltar que o foco da tecnologia não é apenas reduzir o consumo de água e sim otimizar sua utilização pensando em aumentar o número de sacas por milímetros irrigados, produzindo mais ao utilizar o recurso necessário”, finaliza.

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