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Conab estima que produção de grãos chegue a 272,5 milhões de toneladas

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Nas culturas de inverno, o destaque ficou para a produção de trigo chegando a 9 milhões de tonelada  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Embrapa

Publicado em 07/07/2022, às 14h54   Redação


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O 10º Levantamento da Safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou um crescimento de 6,7% na produção de grãos nessa 2ª safra. Dessa maneira, espera-se que a um volume de 272,5 milhões de toneladas no ciclo de 2021/22. Os dados, publicados nessa quinta-feira (7), afirma que a expectativa de colheita é de 17 milhões de toneladas a mais em relação à temporada passada. Já para área plantada o crescimento será de 4 milhões de hectares, totalizando 73,8 milhões de hectares.

Segundo os dados da Conab, a previsão é de que o milho tenha uma colheita 32,8% superior ao ciclo passado e deverá chegar a 115,6 milhões de toneladas. Caso esse dado se confirme, essa será a maior produção de milho 2ª safra registrada em toda a série histórica. Parte desse crescimento deve-se ao clima favorável para a produção.

Outro grão que tende a registrar recorde de colheita nessa temporada é o sorgo, muito utilizado na alimentação animal, com uma estimativa para 3 milhões de toneladas. Os estados que apresentam os maiores percentuais de crescimento são Mato Grosso do Sul, Piauí e Bahia, com incrementos de 362,6%, 227,2% e 98%, respectivamente. O feijão também não ficou para trás e deve ter uma safra de 3,1 milhões de toneladas, com um aumento de 26% em relação ao ciclo passado.

Já as lavouras de arroz e soja foram impactadas pela estiagem ocorrida no Sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul. Segundo a Companhia, a produção da oleaginosa é de 124 milhões de toneladas, enquanto que para o arroz a colheita estimada é de 10,8 milhões de toneladas.

Nas culturas de inverno, o destaque ficou para o trigo que deve atingir um novo recorde e bater 9 milhões de toneladas. Um desempenho que chega a 75% de crescimento em relação a safra de 2019 que foi de 5,1 milhões de toneladas.

Mercado

Neste 10º levantamento, as estimativas em geral foram revisadas para cima quando comparadas com as divulgadas no relatório anterior. Soja e algodão foram a exceção, em virtude da diminuição esperada na produção. Uma redução de 0,11% sementes/outros usos, além de 4,42% de diminuição nas perdas e estoque final. Nessa mesma linha, o algodão acumulou perdas de 0,67% e 2% no suprimento e estoque, respectivamente. A expectativa é que as exportações da fibra finalizem o ano com 2,05 milhões de toneladas e de pluma.

Por outro lado, no quadro de suprimentos do arroz e do feijão, além do crescimento esperado na produção e da consequente elevação do suprimento nacional, as estimativas dos estoques finais aumentaram em aproximadamente 10% para os dois produtos, em relação ao relatório anterior. A estimativa é que a safra atual encerre com estoque de passagem de 2,2 milhões toneladas de arroz e de 278,3 mil toneladas de feijão.

As estimativas para o milho também foram ajustadas para cima, com exceção do estoque final, que teve redução de 1,19% em relação ao levantamento anterior, sendo esperado um volume de 10,4 milhões de toneladas ao final do ano safra. Houve também uma queda na importação desse produto visto a disponibilidade do cereal no atual ciclo.

O trigo, encerra a safra 2021 neste mês de julho. A exportação passou de 3,15 milhões de toneladas para 3,2 milhões de toneladas. Já a importação reduziu em 500 mil toneladas. Para a safra 2022, que se inicia em agosto de 2022 e se encerra em julho de 2023, com a estimativa recorde de produção, a expectativa é que haja uma recuperação dos estoques que foram estimados em 1,25 milhão de toneladas neste levantamento.

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