Exportação de cachaça brasileira cresce 53% em um ano após queda na pandemia

O setor da cachaça dá sinais de recuperação, especialmente nas exportações, de acordo com dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Entre janeiro e setembro de 2022, o segmento teve um crescimento de 53,87% em valores totais e de 22,08% em volume em comparação com o mesmo período do ano passado.

O valor registrado em 2022 já representa US$ 14,4 milhões, o que configura praticamente o total exportado durante 2019, segundo afirmou o diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima. No ano anterior à pandemia, o Brasil somou US$ 14,6 milhões com a exportação da bebida.

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"Seguindo esse ritmo, eu acho que a gente termina 2022 com um valor de exportação superior ao que a gente tinha em 2019", disse, durante o lançamento do Anuário da Cachaça 2021, na última quinta-feira (13), em Brasília. 

O documento está em sua terceira edição e trata-se do principal levantamento de dados oficiais do setor, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O chefe da pasta, Marcos Montes, comentou que o Mapa tem investido no setor e trabalhado para aumentar o consumo interno e externo do produto.

"Abrir o mercado da cachaça, além de ser um grande ganho do ponto de vista da geração de empregos, de financeiro, de recursos, é também uma satisfação própria colocar um produto genuinamente brasileiro lá nos mercados internacionais", pontuou.

Houve ainda uma redução de 2% no total de estabelecimentos produtores de cachaça no Brasil em relação a 2020. Em 2021, foram registradas 936 cachaçarias registradas. Em 2020, haviam 955. Já no ano passado, foram registrados 98 novos estabelecimentos e outros 117 cancelaram suas licenças.

620 cachaçarias estão na região Sudeste, representando 66,2% do total no país. Em seguida, estão 138 estabelecimentos no Sul (14,7% do total); 130 cachaçarias no Nordeste (13,9%); 39 no Centro-Oeste (4,2%); e nove cachaçarias na região Norte (1%).