Ministério da Agricultura divulga novas determinações para o presunto; entenda mudanças

Depois de 20 anos, o Ministério da Agricultura publicou novas normas de qualidade e identidade para o presunto. Foram detalhados os ingredientes que podem ser usados em cada um dos 4 tipos do produto, o presunto cozido, presunto cozido superior, presunto cozido tenro e presunto de ave. De forma resumida, o presunto passará a ter mais proteína e menos água.

As normas para os fabricantes começam a valer a partir do dia 2 de maio, porém estabelecimentos registrados no ministério terão o prazo de um ano para se adequarem às mudanças. A última mudança na regulamentação foi em julho de 2000. Informações são do portal g1.

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A pesquisadora Márcia Haguiwara, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), acredita que as mudanças chegam para trazer mais transparência para o consumidor.

Enteda os 4 tipos de presunto

Cada um dos tipos de presunto pode ser obtido de cortes diferentes do pernil de porco, seja curado, cozido, defumado ou não, desossado ou não, com adição de ingredientes ou não.

• Presunto cozido: pode conter carne moída, que é usada para preencher o alimento quando, após fatiar, ficam buracos em sua forma; não pode ter pele;
• Presunto cozido superior: não pode ter carne moída, mas pode ter pele;
• Presunto cozido tenro: é obrigatoriamente defumado;
• Presunto de ave: deve ser obtido exlusivamente de carnes do membro posterior (as pernas), desossadas, moídas ou não. Não há determinação de quais são as aves que podem dar origem ao produto.

Segundo Haguiwara é a primeira vez que o presunto de ave é abordado em uma normativa de âmbito federal. Até o momento, ele só era descrito em algumas legislações estaduais.

O mesmo acontece com o presunto cozinho tenro. O nome já era usado em embalagens, mas não aparecia na normativa de julho de 2000.

Entenda os ingredientes

Nas normas publicadas pelo Ministério, todos os ingredientes que podem e devem ser usados na produção do presunto cozido estão detalhados, assim como as quantidades máximas. Também há uma exigência de que tudo seja descrito no rótulo.

Isso faz com que haja menos chance de fraude, segundo Haguiwara, já que o consumidor pode checar o que está comprando de fato.

Ela ainda explica que os novos ingredientes permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dão espaço para o setor investir em inovações, para melhorar a qualidade do presunto.

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