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Plano Safra 2022/23: Custos do crédito rural crescem 22% até outubro

Valter Campanato/Agência Brasil
Ainda no Plano Safra 2022/23, os investimentos, a comercialização e a industrialização, entretanto, registraram queda  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 08/11/2022, às 18h05   Cadastrado por Beatriz Araújo


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Os custos do crédito rural cresceram 22% até o mês de outubro e chegaram a um montante de R$ 148,25 bilhões na safra 2022/23. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embora os financiamentos de custeio continuem em ritmo forte, com aplicação de R$ 98,29 bilhões, (+50%), os investimentos, a comercialização e a industrialização registraram queda. A análise foi feita em comparação ao mesmo período de 2021.

Quando se refere aos investimentos, o valor chega a R$ 33,86 bilhões, já na comercialização, o registro é de R$ 8,93, enquanto a industrialização tem R$ 7,17 bilhões. Os valores apontam a queda em relação, também, ao mesmo período do ano passado.

A Mapa aponta, ainda, que os financiamentos destinados a investimentos devem ser intensificados nos próximos meses, processo que ocorrerá de forma paralela à tendência de encolhimento dos financiamentos de custeios. Esse crescimento é decorrente da elevação dos custos de produção e das oportunidades de mercado determinadas com base nas condições favoráveis de preço e de demanda.

Wilson Vaz de Araújo, que é diretor da Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do Mapa, chamou atenção para o significativo aumento nos financiamentos de custeio Pronamp, que segundo ele, é resultado, inclusive, do predomínio de uma taxa de juro relativamente favorável em comparação com a que pode ser aplicada fora do programa, isso se comparada à safra registrada anteriormente.

As contratações de investimento, no entanto, tiveram aumento expressivo somente no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), 3% a mais, chegando a um valor de R$ 8,82 bilhões. O fato pode ser associado à atratividade das taxas de juros, se levada em consideração que as taxas praticadas de forma livre pelo mercado chegam quase ao dobro em termo de superioridade.

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