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Carnaval em fevereiro depende de vacina contra covid, afirma diretor da Central do Carnaval

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Joaquim Nery também afirmou que a mudança de data é uma alternativa vista com bons olhos  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 07/08/2020, às 10h11   Tiago Di Araujo


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Há quem já afirme que o Carnaval não deverá acontecer em 2021, devido à pandemia de coronavírus. No entanto, o cancelamento da maior festa de rua do mundo ainda não foi confirmada pela Prefeitura de Salvador, o que ainda leva esperança para o empresariado responsável pela realização da folia.

Em entrevista ao apresentador José Eduardo, na rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (7), o diretor da Central do Carnaval, Joaquim Nery, não descartou a possibilidade da festa ainda acontecer em fevereiro. No entanto, o empresário acredita que existe uma dependência completa da vacina contra o vírus para que possa se realizar a folia.

"Já estamos no mês de agosto. Se acontecer [a vacina], vai ser lá pra dezembro, o que talvez inviabilize o Carnaval. A gente acha que só pode fazer com segurança", afirma. Nery diz enxergar com bons olhos a alternativa também da mudança de data, que seria para o mês de julho, conforme cogitado pelo prefeito ACM Neto.

"A prefeitura tem ensaiado um movimento que é tentar fazer uma nova data para o Carnaval. Se isso puder acontecer, envolvendo outros pólos do Carnaval, como São Paulo, Rio de Janeiro e outros, talvez a gente consiga salvar a metade de um ano. Claro que não será a mesma forma, mas seria algo intermediário. O prefeito está empenhado isso, mas o esforço maior é o limite do tempo, até quando esperar a vacina para viabilizar o Carnaval em fevereiro".

Diante do impacto financeiro causado pela incerteza da folia, o empresário destacou que todos os setores estão sofrendo com o possível cancelamento do Carnaval. "Estamos trabalhando com o fluxo do ano anterior. Por enquanto estamos usando as reservas. Mas, todos são bastante prejudicados. Não dá pra encontrar heróis ou bandidos. Essa cadeia é imensa. O motorista, o taxista, o ambulante, o cordeiro, o segurança, todos estão sendo impactados".

Questionado sobre possíveis alternativas para data oficial do Carnaval, caso não haja autorização para realização da festa, Nery revelou ter ideias, mas nada ainda concretizado, e elogiou as modalidades de eventos que estão sendo colocadas em prática na capital baiana.

"A gente tem discutido, mas nada de concreto ainda. Caso o Carnaval não venha a acontecer, não pdoemos permitir que a data seja esquecida, e dessa forma, fazer com que as pessoas se sintam abraças pelo Carnaval em casa mesmo. O que já está sendo realizado são formas criativas e esses caras [empresários] são uns heróis, de tentar manter a chama acesa. São formas que estão sendo criadas para uma sobrevivência. Mas, o importante é estarmos vivos até a real retomada".

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