.jpg)
Candidato derrotado pelo atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) teve neste domingo (10) o seu terceiro encontro com o adversário político. Polidos, diferentemente do clima de campanha, os dois bateram papo. Na verdade, na abertura do Carnaval, na última quinta e hoje, os dois políticos conversaram sobre alguns projetos para a capital da Bahia. No sábado, o petista e o democrata estiveram na sede do Ilê Aiyê. Contudo, um ficou dentro do Terreiro Axé Jitolu, enquanto o outro, Neto, que chegou quando os tambores já rufavam, acompanhou parte da cerimônia e seguiu com o cortejo para a Senzala do Barro Preto. Neste dia, sábado (9), Pelegrino e Neto não se falaram. Sobre a gestão de Neto na prefeitura, Pelegrino acredita que ainda é cedo para avaliar, mas não perdeu a oportunidade de alfinetar o adversário político.
“Qualquer prefeito poderia tomar as medidas que ele tomou. Agora, o gesto de ir em direção ao Governo do Estado é uma confirmação ao discurso que fiz na campanha. A parceria com o Governo do Estado e com o Governo Federal é imprescindível para a cidade de Salvador. Evidente que, se eu fosse o prefeito, poderia fazer algumas coisas de forma mais rápida pela facilidade que teria de buscar recursos com o Governo Federal e com o Governo do Estado, que é o que ele está tentando conseguir agora. Essa aproximação é para conseguir fazer as coisas. A situação financeira de Salvador é a mesma que anunciei durante a campanha. A questão central é justamente esta. Complementar o orçamento do Município com a verba do Governo Federal e do estado é fundamental”.
Pelegrino está cotado para voltar a ser presidente o partido no estado. Se conseguir reunir as condições para ser eleito em novembro no Processo de Eleição Direta, o deputado federal dará um passo importante dentro da legenda. Questionado sobre a possibilidade de voltar a disputar a prefeitura de Salvador – seria a quinta tentativa – o deputado prefere esperar. “Acho que é cedo para decidir sobre isso. Meu nome é um nome forte dentro do PT. Eu tive 47% dos votos. Se você olhar para esta multidão, podemos dizer de que a cada duas uma votou em mim. Uma votação dessa é expressiva. É um patrimônio meu, do partido e das forças que compuseram a aliança. Eu estou retomando meu mandato em Brasília e tenho a missão de ajudar o partido a se reorganizar e pensar a sucessão de 2014.”
Publicada no dia 10 de fevereiro de 2013, às 19h57
Roberto Viana
