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Panorama do Carnaval: Afródromo esquenta seminário

Imagem Panorama do Carnaval: Afródromo esquenta seminário
O evento será encerrado na tarde dessa quinta-feira (16)  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/05/2013, às 08h40   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)


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Um retorno à tradição. A cultura seguindo lado a lado com o entretenimento. Essa é a síntese do debate "Carnaval em movimento: do Afródromo às Fanfarras", mediada pelo vereador Moisés Rocha (PT), que encerrou a manhã de trabalhos no Panorama Carnaval - seminário realizado pela Comissão Especial do Carnaval, da Câmara Municipal de Salvador (CMS). O evento será encerrado na tarde dessa quinta-feira (16), no Teatro Jorge Amado, na Pituba.

Na discussão sobre as diversas manifestações culturais que se apresentam na maior festa de rua do planeta, Alberto Pitta, presidente do Cortejo Afro e da Liga dos Blocos Afro, apresentou o projeto original do Afródromo e relembrou a história de alguns blocos que já não existem. "É uma pena. Eu adoro blocos de índio, mas hoje infelizmente só temos dois e o esvaziamento dos afros, afoxés e blocos de índio é consequência desse formato que o Carnaval assumiu".

Segundo Pitta, o Afródromo não se resume a ter um circuito próprio, mas sim a requalificar os blocos, fazendo-os participar de forma digna do Carnaval de Salvador. "A indumentária é importante e depois de muito tempo eu voltei a me dedicar a criar modelos de tecidos. O Carnaval precisa de memória. Precisamos resgatar essas tradições com as fantasias, a decoração", afirmou.

A decoração também foi fator lembrado por Sérgio Bezerra, presidente da Associação Carnavalesca das Entidades de Sopro e Percussão - pioneiro em antecipar o Carnaval para a quarta-feira, na Barra, com "um grande baile ao céu aberto".  "A decoração está esquecida. Ninguém fala mais sobre a cidade, sobre a caracterização. O que precisa não é de circuito novo e sim do melhor aproveitamento do espaço que já temos. Circuito não se faz da noite para o dia", afirmou. Sérgio contou que na Barra já são mais de 30 blocos de sopro e percussão na quarta-feira, oficializada, inclusive, pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar). "As famílias podem ir juntas para a rua, com crianças, para relembrar os antigos Carnavais e tudo com muita tranqüilidade".

O painel contou ainda com a presença de José Luiz Lopes, mais conhecido como Arerê, presidente da União das Entidades de Samba da Bahia (Unesamba). Ele apresentou o pioneirismo da Caminhada do Samba, que abre a temporada das festas populares antecedentes à folia momesca, sempre no último domingo de novembro em homenagem ao Dia do Samba (comemorado 2 de dezembro). "O samba que já é forte na quinta, sexta e sábado merece maior exposição através da cobertura das televisões no período da noite. O samba já traz a plasticidade como atrai artistas nacionais e público de todas as idades".

Panorama

Pela tarde, o "Panorama Carnaval" continua com os seminários "Novos Rumos para o Carnaval de Salvador"  e "Carnaval da Bahia, que loucura essa mistura", que marca o encerramento do encontro, às 16 horas, com presenças de Aroldo Macedo, Gerônimo e Ricardo Chaves.

Nota originalmente postada às 17h do dia 16

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Fotos: divulgação / Ascom Claurdio Tinoco

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